Se você é adepto da filosofia de vida do “eu só acredito vendo”, essa notícia é pra você. O fotógrafo James Balog também era desses. Até que ele começou a ver – e sua única escolha foi acreditar. Quando questionado sobre o aquecimento global, Balog costumava dizer que achava impossível “que o humano fosse capaz de mudar os aspectos mais básicos da física e da química de um planeta inteiro”. Quando foi escalado para uma pauta no Ártico em 2005, sua visão mudou. Imagina então qual foi sua reação ao capturar as imagens abaixo.
Balog estava com uma equipe de filmagem na Groenlândia quando uma geleira começou a se despedaçar. E continuou se despedaçando pelos próximos 75 minutos, fazendo com que o registro já seja considerado a maior prova do aquecimento global documentada em vídeo. Maior em termos de duração, mas também de escala: a geleira que se desmonta na frente dos olhos do espectador é tão imponente que a convulsão branca de gelo e água chega a ser emocionante.
De acordo com a voz que narra o vídeo, “a única maneira de tentar colocar isso em uma escala com referência humana é imaginar (o bairro nova-iorquino) Manhattan. De repente todos os edifícios tremem e essa cidade enorme cai aos pedaços diante dos seus olhos”.
A diferença entre um terremoto em Manhattan e o desprendimento dessa geleira na Groenlândia é que a altura (ou a grossura, se preferir) da geleira é até três vezes maior que os arranha-céus do bairro de Nova York.
Em, 2013 um estudo feito pela Nasa em parceira com a Agência Espacial Europeia utilizou imagens de satélite para concluir que as calotas polares derretaram mais nos últimos 20 anos do que nos 10 mil anos anteriores. Essa mesma pesquisa revelou que desde os anos 90 a taxa de perda de gelo nas águas da Groenlândia aumentou cinco vezes – apesar de possuir um território dez vezes menor, a Groenlândia contribui duas vezes mais para o aumento do nível dos oceanos do que a Antártica.
Via Upworthy
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