Astrônomos encontraram o objeto mais distante já visto no Sistema Solar: um mundo frígido que fica a 103 vezes mais distante do Sol do que a Terra. Ele quebra o recorde anteriormente conquistado por Eris, que tinha 97 vezes a distância entre a Terra e o Sol.
O anúncio foi feito pelo astrônomo Scott Sheppard, do Instituto Carnegie de Ciência em Washington, na última terça-feira (10), no encontro da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana em National Harbor, em Maryland, nos Estados Unidos.
O objeto fica além da ponta do Cinturão de Kuiper (o lar de Eris e Plutão) e dentro das margens internas da próxima parte do Sistema Solar, a nuvem de Oort. A extrema posição elevada do corpo pode ter uma grande importância científica, isso porque a órbita de um objeto com esse campo de domínio ficaria intacta por bilhões de anos.
Mas os astrônomos ainda não acompanharam o curso do objeto recém-descoberto por tempo o suficiente para conhecer seu caminho completo. Existe a possibilidade de que ele viajará e ficará mais próximo do Sol do que a sua distância atual de 103 unidades astronômicas (cada unidade astronômica corresponde a 150 milhões quilômetros). Se for esse o caso, o objeto não será mais tão interessante assim para os astrônomos. "Não há motivo para ficar empolgado ainda", afirma Michael Brown, cientista planetário do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, nos Estados Unidos.
Possibilidades
Ainda assim, a descoberta mostra um relance das margens do Sistema Solar. Somente dois mundos do interior da nuvem de Oort são conehcidos: um objeto chamado Sedna, descoberto por Brown e seus colegas, e outro chamado de 2012 VP113, cujo apelido é 'Biden', identificado por astrônomos do Observatório Gemini em Hilo, no Havaí.
Ainda assim, a descoberta mostra um relance das margens do Sistema Solar. Somente dois mundos do interior da nuvem de Oort são conehcidos: um objeto chamado Sedna, descoberto por Brown e seus colegas, e outro chamado de 2012 VP113, cujo apelido é 'Biden', identificado por astrônomos do Observatório Gemini em Hilo, no Havaí.
O Sedna nunca chegou a uma distância superior a 76 unidades astronômicas do Sol, e o máximo de VP113 foi 80 UA. Se o objeto recém-descoberto realmente ficar a 103 UA do Sol, ele entrará para o time de corpos fascinantes que residem no interior da nuvem de Oort.
Caso o novo objeto se mova e fique mais próximo do Sol - atravessando o Cinturão de Kuiper em 50 UA -, ele entrará para a lista de corpos mundanos dessa área cujas órbitas são particularmente esticadas por conta da influência gravitacional de Netuno.
Sheppard e Trujillo descobriram o objeto usando o telescópio Subaru no topo do Mauna Kea, no Havaí. Os pesquisadores planejam procurar po ele novamente usando os telescópios Magellan no Chile e, dentro de um ano, calcular sua órbita e descobrir se ele de fato é um residente da nuvem de Oort.
Via Nature
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