Os cientistas chegaram a essa conclusão por meio das observações realizadas pela sonda Cassini. A partir dos dados coletados, os pesquisadores fizeram simulações virtuais para calcular o quanto as órbitas das mais de 60 luas de Saturno mudaram com o tempo.A teoria é impressionante, visto que a maioria dos planetas e luas do sistema solar tem bilhões de anos. Sem contar que 100 milhões de anos é pouquíssimo tempo: em termos de comparação, já existiam abelhas e dinossauros na Terra nessa época.
Observou-se que as órbitas das luas crescem aos poucos, mas em escalas diferentes. Isso faz com que, por vezes, algumas delas entrem em ressonâncias orbitais, exercendo influência gravitacional umas nas outras. Alguns dos satélites, principalmente os interiores, não mostravam esses mesmos níveis de inclinação, o que levou os cientistas a acreditarem que eles provavelmente são mais recentes que o restante. "Podemos afirmar que os satélites em questão não são tão velhos quanto o planeta", afirmou Matija Cuk, pesqusiador que conduziu o estudo.
"Nossa melhor estimativa é que Saturno teve uma coleção parecida de luas antes, mas suas órbitas foram atrapalhadas por um tipo especial de ressonância orbital envolvendo os movimentos de Saturno em torno do Sol", disse Cuk. "Por fim, as órbitas das luas ao redor se cruzaram e esses objetos colidiram. A partir desses materiais os aneis e atuais satélites se formaram."
De acordo com os pesquisadores, todos os satélites mais próximos a Saturno do que Reia, a segunda maior lua do planeta, têm menos de 100 milhões de anos. Como os aneis mais visíveis de Saturno provavelmente surgiram a partir dos mesmos materiais que essas luas internas, é possível que sejam tão jovens quanto elas.
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