Apesar de ter calculado a trajetória do cometa Halley (daí o nome do astro), o astrônomo inglês Edmund Halley também gostava de olhar para baixo. Ele foi o primeiro a propor, em 1692, que a Terra era oca e consistia de quatro esferas concêntricas encaixadas como um quebra-cabeça.
A idéia inspirou escritores como Edgar AIIan Poe (A Narrativa de Arthur Gordon Pym, 1838) e Julio Verne (Viagem ao Centro da Terra, 1864).
Mas também fez a cabeça do capitão americano John Cleeves Symmes (1779-1829), que supôs, em 1812, que as entradas para a Terra Oca ficavam nos pólos do planeta. Herói da Guerra Civil, Symmes tentou convencer o congresso norte-americano a financiar uma expedição para localizar a abertura. Os políticos rejeitaram a proposta indecente, mas ele conseguiu arrancar dinheiro de um médico crédulo e partiu em direção ao Pólo Norte onde, e não achou nenhum buraco.
A partir daí, no entanto, as supostas fendas polares passaram a ser chamadas de "Buracos do Symmes" (Symmes Holes).
Em 1920, o escritor americano Marshall B. Gardner reviu a idéia dos círculos concêntricos e chegou à conclusão de que era completamente absurda. Gardner adotou a hipótese (muito mais realista, segundo ele) de que a Terra era totalmente oca e iluminada por um minissol central de 960 quilômetros de diâmetro. Infelizmente, em 1929, nove anos depois de Gardner publicar suas conclusões, o explorador Richard E. Byrd (1888-1957) sobrevoou pela primeira vez o Pólo Sul e não achou nenhum buraco. Em 1947, Byrd fez a mesma coisa no Pólo Norte. De novo, nenhum buraco.
Oficialmente, pelo menos.
Há quem acredite que Byrd achou a abertura do Pólo Norte e avistou a nação subterrânea de Agartha. Existe até um Diário de Richard E. Byrd disponível na Internet que narra o contato dele com o mundo interior.
Desde aquela época, as autoridades de diversos países conspiram para esconder a existência de Agartha. O motivo é simples, como explicou um certo Richard Sharpe Shaver na revista americana Amazing Stories em 1944: o reino de Agartha foi fundado há cem mil anos pelos lendários “Titãs” que, na verdade, eram habitantes semi-deuses da Lemúria que, assim como a Atlântida, desapareceu no oceano. Refugiados no centro da Terra, esses seres teriam se degenerado na sádica raça dos Deros. De posse da avançada tecnologia lemuriana, mas sem a sapiência titânica, os Deros se divertem até hoje ludibriando a humanidade. É possível que essas criaturas malignas tenham se associado aos nazistas que acreditavam em qualquer idéia absurda. Alguns conspirólogos afirmam que Adolf Hitler não se suicidou como diz a história oficial, mas embarcou num submarino e se refugiou em Agartha. Esses mesmos caras dizem que os discos voadores não vêm de lugares remotos do espaço, mas sim do interior do nosso próprio planeta. Os Greys seriam apenas autômatos biológicos criados pelos Deros.
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