As 00h53 desta terça-feira (5), a sonda Juno mandou um sinal para a Terra avisando que seu principal motor tinha sido ativado e ela estava pronta para começar a cumprir o objetivo pelo qual foi construída: entrar na órbita deJúpiter e descobrir novas informações sobre o gigante gasoso.
Juno — uma homenagem à esposa de Júpiter na mitologia — foi lançada pela NASA há cerca de cinco anos e carregou instrumentos avançados para realizar sua missão por mais de 2,8 bilhões de quilômetros. Imagine só: 3,5 metros de diâmetro projetando três paineis solares de 8,9 metros por 2,6 metros viajando pelo espaço para chegar ao seu destino.
Assim que o motor da sonda começou a queimar, a velocidade dela foi diminuindo para 542 m/s, de forma que pudesse entrar na órbita do planeta. Em seguida, a Juno se inclinou em direção aos raios solares, de forma que seus paineis conseguissem conseguissem arrecadar aenergia necessária para a nave operar.
Ao longo dos próximos dias e semanas, a NASA dará instruções para que a Juno utilize alguns instrumentos específicos para começar sua exploração. Os aparelhos só farão sua aproximação máxima do planeta no fim de agosto, já que a sonda está em uma órbita oval que a leva para longe de Júpiter e só a traz de volta em 53,5 dias. Nos Estados Unidos ainda era dia 4 de julho, data em que é celebrada a independência do país, quando a sonda mandou sua confirmação. "O Dia da Independência é sempre algo a ser celebrado, mas hoje podemos acrescentar outro motivo para comemorar o aniversário dos Estados Unidos — Juno está em Júpiter", disse o admistrador da NASA, Charlie Bolden. "E o que é mais americano do que uma missão da NASA explorando o que ainda não foi explorado? Com a Juno, nós investigaremos os massivos cintos de radiação de Júpiter para conhecer não só o interior do planeta, mas investigar como Júpiter surgiu e como nosso Sistema Solar se desenvolveu."
"Nossa fase oficial de coleta de dados começa em outubro, mas descobrimos uma forma de começar um pouco antes", afirmou Scott Bolton, pesquisador da missão. "Temos muito o que ver e fazer em Júpiter."
A missão tem como objetivo entender a origem e a evolução de Júpiter, bem como mapear o campo magnético do planeta, medir a quantidade de água e amônia da atmosfera e observar as auroras do planeta. Além disso, como aponta Bolden, Juno poderá conseguir informações valiosas sobre o desenvolvimento do Sistema Solar.
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