Em 2009, pesquisadores das universidades Queen Mary e Hertfordshire, no Reino Unido, apresentaram a primeira super-Terra encontrada em uma zona habitável, ou seja, a uma distância de seu sol que lhe permitiria conter água em estado líquido e, portanto, abrigar vida tal como a conhecemos: trata-se do Gliese 581d, um exoplaneta que orbita uma estrela anã vermelha a 20 anos-luz da Terra.
Entretanto, há poucos meses, um grupo de cientistas escreveu um artigo afirmando que esse planeta, na verdade, não existe. E como é possível?Seria uma Super-Terra fantasma? Para os autores do estudo publicado pela revista Science, foi apenas “uma atividade estelar disfarçada de planeta”. O que os cientistas haviam percebido não era mais que um ruído de informação causado por manchas estelares, uma vez que o planeta mencionado seria pequeno demais para ser identificado com as técnicas utilizadas.
Claro que o assunto não terminou aí: os descobridores do Gliese 581d não aceitaram essa correção, argumentando que o estudo de seus colegas é consequência de uma má interpretação dos dados. Eles dizem ainda que se a existência da Super-Terra for desmentida, muitos projetos de busca de planetas em observatórios terrestres teriam que ser colocados em dúvida.
Não é a primeira vez que um planeta entre os que orbitam a estrela Gliese 581 gera um confronto entre cientistas. Em 2010, foi anunciado que o Gliese 581g era o primeiro planeta realmente habitável, o que foi motivo para grandes discussões. Reais ou imaginários, os planetas que orbitam essa anã vermelha estão destinados a chamar a atenção da ciência.
Imagem: National Science Foundation/Zina Deretsky
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