Em 1973, o diretor americano Gerard Damiano filmou um clássico da pornografia chamado Garganta Profunda (Deep Thoat). O filme conta a história de uma mulher (Linda Lovelace) que não conseguia chegar ao clímax até que descobre que seu clitóris fica na garganta. A partir daí, ela tenta estimular o órgão abocanhando tudo o que encontra pela frente. Naquele mesmo ano, durante a investigação do Caso Watergate, os jornalistas do Washington Post Bob Woodward e Carl Bernstein conseguiram um informante dentro da Casa Branca e o apelidaram de Garganta Profunda em homenagem ao filme pornô e à capacidade da fonte de revelar os segredos mais profundos do governo Nixon.
De lá pra cá, toda conspiração precisa ter, obrigatoriamente, um Garganta Profunda. Geralmente é alguém que faz parte do grupo de conspiradores que, por alguma razão pessoal, se torna um dissidente. No primeiro ano da série ARQUIVO X, o agente Fox Mulder também tem um informante chamado Garganta Profunda que lhe fornece pistas sobre o acordo entre o governo americano e os alienígenas GREYS. No filme JFK - A Pergunta Que Não Quer Calar (1991), de OLIVER STONE, o "garganta" de plantão é o personagem “X”, vivido por Donald Sutherland, que conta ao promotor Jim Garrison (Kevin Costner) tudo sobre o complô da CIA, cubanos anticastristas, Máfia, FBI e do complexo industrial-militar para assassinar o presidente Kennedy. No livro REX DEUS (lmago, 2002), que investiga a suposta guerra secreta entre o VATICANO e a descendência de Jesus e MARIA MADALENA, há um "garganta" chamado Michael, forma inglesa do nome Miguel. Na mitologia judaico-cristã, Miguel é um dos anjos que lutam ao lado de Deus contra Lúcifer e que, mais tarde, vira protetor do reino de Israel. Como se vê, Michael é tão bom que, se não existisse, precisaria ser inventado. Portanto, se você pretende se transformar num caçador de conspirações e conspiradores, certifique-se de encontrar logo o seu Garganta Profunda. Sem ele você não irá longe.
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