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terça-feira, 14 de julho de 2015

Como os níveis mais elevados de consciência podem aparecer nas nossas vidas


Quando nos perguntam qual é a coisa mais importante nas nossas vidas, a maioria de nós seria capaz de dar uma resposta. Nós, naturalmente, damos respostas diferentes, mas a questão não é essa; a questão, é que somos capazes de responder. Mas, enquanto formos capazes de responder, continuaremos desligados dos níveis mais elevados de consciência. Como isso é possível?

A natureza da consciência superior

Se queremos descobrir como isso é possível, devemos primeiramente examinar a natureza da consciência superior. Diversas pessoas experimentaram estes níveis mais elevados e, existem milhares de relatos sobre o estado de consciência.
Ainda assim, se penetrarmos profundamente nessa experiência, descobriremos que não existem níveis mais elevados de consciência , apenas a própria Consciência. Essa consciência tem apenas dois estados que somos capazes de experimentar: um estado é identificado com várias formas e,  o outro é privo de qualquer forma.

A consciência Identificada com as Formas

O que significa essa identificação? Significa que nós nos identificamos com uma forma (por exemplo, o nosso nome) que originalmente não nos pertencia (todos nós nascemos sem um nome), mas através da identificação, essa forma específica tornou-se uma parte da nossa existência.
O Ego aparece quando a consciência identifica-se com uma forma. O Ego, está sempre relacionado com algum tipo de identificação, auto-determinação (Eu sou um homem, Eu sou um pai, Eu sou Inglês, Eu sou cristão etc.) portanto, o Ego depende da nossa identificação com as coisas que são importantes para ele. Se eu sou capaz de responder à pergunta, “O que é importante para mim?” Então estou no estado de identificação com as formas.
Este estado de consciência, é sempre restritivo e exclusivo. A identificação é sempre precedida por um processo de seleção: esta coisa, esta forma é importante para mim, enquanto que aquela não é. Normalmente escolhemos as formas que consideramos belas, boas e valiosas, visto que estas formas fazem de nós pessoas bonitas, boas e valiosas. A escolha está sempre de mãos dadas com a ansiedade e o medo que podemos perder o que consideramos importante para nós e, em conjunto com essas coisas, podemos nos perder.
O processo de identificação não cessa simplesmente porque nos tornamos ajudantes espirituais. Mas agora, coisas diferentes tornam-se importantes para nós, por exemplo, o estado prolongado de consciência ou a experiência da projeção astral. Neste estado de Consciência,  nos identificamos com essas experiências, estes são os fatores que pra nós são importantes, pois fornecem a identidade do nosso Ego espiritual. Na realidade nada mudou, exceto as formas pelas quais nos identificamos.

A consciência sem formas

Há momentos na vida de todos, quando a nossa identificação com as formas diminui um pouco com o passar do tempo e, naquele instante experimentamos um estado de consciência totalmente diferente.
Quando paramos de nos identificarmos  com qualquer tipo de forma, é gerado um novo espaço entre nós e a forma e, somos capazes de ver e reconhecer que não somos idênticos a essa forma. Com a dissolução da identificação, o Ego também desaparece. Quando estamos nesse estado de consciência e nos perguntam o que é importante na vida, somos simplesmente incapazes de responder à pergunta, visto que tudo que anteriormente considerávamos como importante desapareceu juntamente com o Ego. Ainda assim, sentimos que estamos vivos e, não desaparecemos com o Ego.
O que vivenciamos, talvez seja melhor chamá-lo de Estar. Há apenas a existência pura, somos testemunhas, que contemplam a dança das formas ao nosso redor. Não nos identificamos com nada, somos uma Consciência livre da obrigação de fazer escolhas. Somos livres e independentes das formas e da necessidade de escolher uma. Todos os nossos sofrimentos e problemas desapareceram, estamos rodeados de tranquilidade e paz.

Despertar do estupor de identificações

Na maioria das vezes, só se é capaz de experimentar aquele estado de consciência livre de identificações apenas por períodos muito breves. Isto é, no entanto, um dos mais maravilhosos e certamente uma das experiências mais importantes das nossas vidas. isso nos desperta do estupor das identificações.
Uma vez que tivemos tal experiência, o nosso estado de alerta aumentará e, prestaremos cada vez mais  atenção para o momento presente. Quando estamos em alerta e mudamos o centro da nossa existência para o “aqui e agora” a nossa identificação com as formas desintegra-se ainda mais. Estes momentos, portanto, podem aparecer nas nossas vidas com mais frequência. Visto que estamos limitados às formas a um grau sempre menor, os períodos e intensidade dessas experiências aumentam. No fim, esta será a nossa única realidade.

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