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quinta-feira, 9 de julho de 2015

O poder da intuição


Jung compara os pressentimentos a uma bússola interior – uma função psíquica que utiliza os cinco sentidos para produzir novas conclusões que não dependem da realidade concreta

Muitos psicólogos acreditam que a intuição seja uma forma de inteligência, uma habilidade mental sem nada de místico ou sobrenatural. Entretanto, há quem tenha maior ou menor facilidade para lidar com essa capacidade e desenvolvê-la que aparece nas mais variadas manifestações do nosso psiquismo: nos sonhos, nas sensações corporais, nos insights e nos atos criativos.
Do verbo intuire, que significa olhar para dentro, a intuição não é uma sensação dos sentidos (apesar de se utilizar deles), nem um sentimento ou uma conclusão intelectual, ainda que também possa aparecer sob essas formas. Nele, qualquer conteúdo se apresenta como um todo acabado, sem que saibamos explicar ou descobrir como esse conteúdo chegou a existir. Jung menciona que o filósofo Bento de Spinoza (1632-1677) considerou a scientia intuitiva como a forma mais elevada de conhecimento, sendo sua exatidão atribuída a algum conteúdo que repousa no inconsciente.
Segundo a psicóloga Marie-Louize von Franz (1915-1998), no livro A tipologia de Jung (1967), para a intuição “funcionar”, as coisas precisam ser olhadas de longe, ou de modo vago. Só assim é possível captar esse pressentimento vindo do inconsciente, porque quando o foco está voltado para os fatos da realidade exterior essa qualidade quase mágica não tem espaço para se manifestar. [FONTE]

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