Na madrugada desta quarta (21) para quinta (22), nosso planeta vai passar por uma região do espaço com uma alta concentração de minúsculos fragmentos que se desprenderam do cometa Halley. Esses detritos costumam ter o tamanho de pequenas sementes que, ao se incinerarem na atmosfera terrestre, produzem uma chuva de meteoros. Se o objeto for igual ou maior que uma bola de tênis, o resultado são as ainda mais impressionantes "bolas de fogo", ou bólidos.
Ao todo, as Orionídeas duram de 2 de outubro até 7 de novembro. Durante o pico de atividade que ocorre na noite de hoje, poderão ser registrados de 20 a 30 meteoros por hora, que se deslocam a incríveis 66 km/s. Com intensidade moderada, essa chuva é irmã gêmea das Eta Aquarídeas de maio, que também são fruto do Halley.
Para observar as estrelas cadentes, basta ir a um local com pouca iluminação e ficar de olho na constelação de Órion. A partir das 23h, olhe para o leste - é quando ela vai surgir na abóbada celeste do hemisfério sul. Os meteoros vão parecer irradiar pelo céu a partir dali! Uma boa referência para encontrar a constelação é procurar pelas famosas Três Marias, que são na verdade o Cinturão de Órion.
Ao longo da madrugada, Órion vai migrar para a direção nordeste e o radiante ficará cada vez mais alto no céu, melhorando as condições de observação. Pouco antes do amanhecer, por volta das 5h da manhã, é uma boa chance de flagrar algumas estrelas cadentes. A boa notícia é que a luz da Lua não deverá atrapalhar a visibilidade da chuva de meteoros de hoje: além de estar em fase crescente, já no início da madrugada o satélite vai estar se pondo no horizonte oeste.
>> Se as condições climáticas em sua cidade não ajudarem, você ainda pode acompanhar uma transmissão ao vivo das Orionídeas no site Galeria do Meteorito.
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