A importância dos corais vai muito além da sua beleza que encanta mergulhadores. É no abrigo dos recifes que um quarto dos peixes que vivem nos oceanos passam seus primeiros dias. Essa espécie de maternidade natural está sendo ameaçada por todos os lados: o aquecimento global sempre foi o principal vilão, mas um estudo recém-publicado coloca o dedo em outra ferida – e ela está lambuzada de protetor solar.
A oxibenzona, substância química presente no produto, prejudica os corais em quase todas as formas imagináveis: ele atrapalha o seu crescimento, danifica seu DNA e colabora para o branqueamento dos corais – quando isso ocorre o coral perde sua coloração viva e sua superfície de cálcio branco é exposta, sinal de que as zooxantelas, algas unicelulares responsáveis pela alimentação do coral, estão morrendo.
Como se não bastasse, as plânulas, larvas do coral que têm como característica ficar vagando pelo oceano, podem ficar presas ao próprio esqueleto, interrompendo o ciclo reprodutivo da espécie. De acordo com a pesquisa, a oxibenzona “transforma a mobilidade das plântulas em algo deformado e estático”.
Aproximadamente 14 mil toneladas de protetor solar são despejadas nos corais todo ano. Quem usa produtos cosméticos que contenham oxibenzona mas não costuma ir à praia também pode estar contribuindo para esse massacre em andamento, já que as substâncias utilizadas durante o banho, por exemplo, acabam no mar de uma maneira ou outra. Os pesquisadores afirmam que uma única gota de protetor solar em um volume de água equivalente à seis piscinas olímpicas já pode dar início a um processo de declínio de uma colônia saudável.
Via Gizmodo
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