Entre os responsáveis por essas
descobertas, está o guia de montanha Maurizio Vincenzi, morador de Peio, na
Itália. Há um século, o pequeno vilarejo, localizado debaixo dos Alpes, foi um dos campos de batalha da
Guerra Branca, na qual austríacos e italianos se enfrentaram temperaturas inferiores a 30 graus abaixo de zero.
As expedições de Vincenzi lhe permitiram criar uma vasta coleção de objetos pertencentes a soldados que fizeram parte daquele duro confronto, ocultos debaixo do gelo por décadas. Metralhadoras, espadas, bombas, gorros e todo o tipo de artefatos curiosos fazem parte, agora, de um museu fundado pelo próprio Vincenzi na cidade de Peio.
Em uma das ocasiões, o guia de montanha teve que se deparar com a descoberta arrepiante de três
corpos de jovens combatentes. E esses não foram os únicos: o derretimento dos Alpes desde a década de 90 até os dias de hoje tem provocado a “reaparição” de mais de 80 soldados mortos durante a Primeira Guerra, além de diversos objetos daquela época.
As inúmeras e cada vez mais frequentes descobertas desse tipo (cadáveres, fósseis de dezenas de milhares de anos, restos de aviões, joias) trazem a necessidade de se criar uma nova vertente científica: a arqueologia glacial.
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