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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Um mistério em torno da morte de nove pessoas - sete homens e duas mulheres - em uma montanha da Rússia acaba de completar 56 anos. No dia 2 de fevereiro de 1959 ocorreu a trágica e inexplicável morte de um grupo de esquiadores no que ficou conhecido como Incidente do Passo Dyatlov. As mortes ocorreram ao norte dos montes Urais, na costa leste da montanha Kholat Syakhl, cujo nome significa Montanha dos Mortos na linguagem mansi, povo da região. O nome Dyatlov é por conta do líder do grupo Igor Dyatlov. De acordo com investigações posteriores, todos foram vítimas de “forças desconhecidas”.

A expedição
O objetivo da expedição era alcançar o topo da montanha Otorten, considerado um desafio difícil, porém todos os integrantes do grupo possuíam experiência em escaladas. Com a ajuda das anotações de viagem, foi possível, identificar a rota do grupo até o dia da tragédia. No dia 1o. de fevereiro, o tempo na montanha piorou, os esquiadores se perderam - provavelmente se separam -  e resolveram montar acampamento.
A partir dali, provavelmente, começou uma sequência de horrores causada por algo desconhecido. Sem sinal dos esquiadores, as buscas tiveram início no dia 20 de fevereiro. Seis dias depois, foram encontrados os primeiros corpos. Eles estavam apenas com roupas íntimas, indicando que os esquiadores estavam dormindo e tentaram fugir de alguma coisa ameaçadora. Estima-se que naquela noite a temperatura deveria estar em torno de -25 C e -30 C graus.
Próximo dali, entre 300 e 630 metros, foram encontrados, outros três corpos. Pela maneira que estavam dispostos, a hipótese é de que estivessem tentando voltar às barracas. Os outros quatro esquiadores só foram encontrados mais de dois meses depois, no dia 4 de maio, sob quatro metros de neve.

O que aconteceu?
Mais tarde, uma investigação constatou que ao menos quatro dos esquiadores receberam ferimentos fatais - dois no crânio e dois no tórax. Um dos corpos estava sem a língua. O que espantou os investigadores foi a força usada nestes ferimentos, praticamente impossível para um ser humano. Os corpos não tinham machucados externos e pareciam ter sido submetidos a uma grande pressão. Para adicionar mais mistério à história, também foi encontrado um alto índice de radiação nas roupas dos esquiadores.
De início, suspeitou-se que as mortes tivessem sido causadas pelo povo indígena Mansi, porém não havia qualquer tipo de pegadas ali, a não ser as dos esquiadores. Nos ano 90, pessoas envolvidas na investigação revelaram que houve relatos naquela época de que "esferas voadoras brilhantes" foram avistadas na área, mas nada pode ser comprovado - anos mais tarde, foi divulgado que as luzes foram causadas por testes de mísseis balísticos R-7. Sem ter como resolver o caso, a investigação final apontou que o grupo morreu vítima de "força desconhecida" e o caso foi arquivado. O incidente só veio à tona na década de 1990.
Nova teoria
No ano passado, o produtor de cinema e de TV norte-americano  Donnie Eichar divulgou uma teoria após cinco anos de pesquisa. De acordo com ele, o grupo estava na hora errada e no lugar errado e se deparou com a chamada “tempestade perfeita”. Segundo Eichar, o fenômeno é um minitornado violento que produz um ruído ensurdecedor, que pode gerar uma grande quantidade de infrassom, capaz causar vibrações no corpo humano, provocando perda de sono, falta de ar e, acima de tudo, um pânico indescritível e incontrolável. O terror, amplificado pela escuridão da noite e do barulho do tornado, teria levado os jovens à loucura e à morte.
Teorias à parte, morreram misteriosamente Igor Dyatlov, o líder da expedição, com 23 anos; Zinaida Kolmogorova, 22; Ljudmila Dubinina, de 23 anos, que foi encontrado sem língua; Aleksandr Kolevatov, 24; Rustem Slobodin, 23; Jurij Krivoniščenko, 24; Jurij Dorošenko, 21; Nikolaj Tibo-Brin'ol ', 37; Alexander Zolotarev, que em 2 de fevereiro havia completado 38 anos.

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