A nave interplanetária New Horizons registrou a primeira imagem colorida do planeta anão Plutão e de sua maior lua, Caronte. A sonda se aproxima cada vez mais do planeta e a cada dia revela um pouco mais desse misterioso mundo gelado.
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A nova foto, feita no dia 9 de abril, foi obtida quando a nave estava a 115 milhões de Plutão e embora tenha baixa resolução, permitiu aos especialistas observar diversas diferenças interessantes entre o planeta anão e sua grande lua.
Para Jim Green, diretor da Divisão de Ciência Planetária da NASA, a cena é tentadora e permite especular sobre a possível diferença de composição entre os dois objetos, uma vez que os albedos (reflexão da luz solar) medidos apresentam diferença significativa.
"Essa diferença de contraste pode ser devido à diferentes composições químicas da superfície ou então ser causada por uma possível atmosfera ainda desconhecia ao redor de Caronte", disse Green. Para ele, essa incerteza deverá diminuir no dia 14 de julho, quando diversas análises serão feitas durante o momento da maior aproximação da nave.
Esta é a primeira vez que uma imagem colorida de Plutão é feita tão de perto e embora as cenas não sejam deslumbrantes do ponto de vista fotográfico, estão sendo usadas com sucesso para a calibragem dos sensores. Assim, a cada dia as imagens divulgadas serão melhores e mais detalhadas.
Como prova da melhoria, a cena já não apresenta a conhecida "pixelização" de plutão, como vista nas imagens do telescópio Hubble, por exemplo. Nas novas imagens, o disco de Plutão já é perfeitamente distinguido, assim como as cores que já são detectadas pela câmera.
Plutão: Um mundo desconhecido
Devido à sua pequena dimensão e grande distância da Terra, Plutão representa um grande desafio, tanto para observações feitas em solo como para os telescópios espaciais. Da Terra, o planeta anão só pode ser visto através de telescópios maiores e mesmo assim, não passa de um diminuto ponto de luz.
Plutão tem cinco luas e a maior delas, Caronte, só foi vista da Terra pela primeira vez em 1978 após diversas análises em fotografias feitas em condições atmosféricas excepcionais e que revelaram uma minúscula deformação no shape de plutão. Mais tarde se entendeu que essa protuberância era na realidade um corpo que orbitava o planeta.
As outras quatro luas, muito menores, só foram descobertas anos mais tarde. Nyx e Hidra em 2005, Cérbero em 2011 e Estige (styx) em 2012, todas detectadas através de imagens de alta resolução feitas pelo telescópio espacial Hubble.
Até agora, todo nosso conhecimento sobre Plutão está baseado em teorias, apoiadas no entendimento que temos sobre o espaço e os corpos celestes, mas as revelações verdadeiras sobre esse novo mundo estão apenas começando. É só aguardar!
New Horizons
Lançada em 19 de janeiro de 2006, a sonda New Horizons está prestes a fazer história e no próximo dia 14 de julho deverá atingir a menor distância de observação desde que o planeta anão foi descoberto por Clyde Tombaugh, em 1930.
Para ganhar velocidade e chegar mais rápido ao seu destino, em 2007 a nave passou nas imediações de Júpiter e aproveitou um pouco de sua energia orbital para ser arremessada com mais velocidade, uma operação conhecida como gravidade assistida, que faz uso de uma lei da física conhecida como conservação de energia.
A New Horizons carrega sete instrumentos diferentes para estudar a geologia e topografia de plutão e de sua maior lua Caronte. Entre os instrumentos usados no estudo estão dois espectrômetros em ultravioleta e infravermelho, uma câmera compacta multibanda, um telescópio imageador de alta resolução, dois poderosos espectrômetros de partículas e um detector de poeira espacial.
O objetivo será mapear a composição das superfícies e atmosferas e também tentar localizar novas luas ou anéis ao redor do sistema plutoniano.
Artes: No topo, primeira imagem colorida de Plutão, feita pela sonda estadunidense New Horizons, em 9 de abril de 2015. Acima, instrumentos a bordo da sonda que serão usados no estudo do planeta anão. Créditos: Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory, NASA/JPL, Apolo11.com.
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Para Jim Green, diretor da Divisão de Ciência Planetária da NASA, a cena é tentadora e permite especular sobre a possível diferença de composição entre os dois objetos, uma vez que os albedos (reflexão da luz solar) medidos apresentam diferença significativa.
"Essa diferença de contraste pode ser devido à diferentes composições químicas da superfície ou então ser causada por uma possível atmosfera ainda desconhecia ao redor de Caronte", disse Green. Para ele, essa incerteza deverá diminuir no dia 14 de julho, quando diversas análises serão feitas durante o momento da maior aproximação da nave.
Esta é a primeira vez que uma imagem colorida de Plutão é feita tão de perto e embora as cenas não sejam deslumbrantes do ponto de vista fotográfico, estão sendo usadas com sucesso para a calibragem dos sensores. Assim, a cada dia as imagens divulgadas serão melhores e mais detalhadas.
Como prova da melhoria, a cena já não apresenta a conhecida "pixelização" de plutão, como vista nas imagens do telescópio Hubble, por exemplo. Nas novas imagens, o disco de Plutão já é perfeitamente distinguido, assim como as cores que já são detectadas pela câmera.
Plutão: Um mundo desconhecido
Devido à sua pequena dimensão e grande distância da Terra, Plutão representa um grande desafio, tanto para observações feitas em solo como para os telescópios espaciais. Da Terra, o planeta anão só pode ser visto através de telescópios maiores e mesmo assim, não passa de um diminuto ponto de luz.
Plutão tem cinco luas e a maior delas, Caronte, só foi vista da Terra pela primeira vez em 1978 após diversas análises em fotografias feitas em condições atmosféricas excepcionais e que revelaram uma minúscula deformação no shape de plutão. Mais tarde se entendeu que essa protuberância era na realidade um corpo que orbitava o planeta.
As outras quatro luas, muito menores, só foram descobertas anos mais tarde. Nyx e Hidra em 2005, Cérbero em 2011 e Estige (styx) em 2012, todas detectadas através de imagens de alta resolução feitas pelo telescópio espacial Hubble.
Até agora, todo nosso conhecimento sobre Plutão está baseado em teorias, apoiadas no entendimento que temos sobre o espaço e os corpos celestes, mas as revelações verdadeiras sobre esse novo mundo estão apenas começando. É só aguardar!
New Horizons
Lançada em 19 de janeiro de 2006, a sonda New Horizons está prestes a fazer história e no próximo dia 14 de julho deverá atingir a menor distância de observação desde que o planeta anão foi descoberto por Clyde Tombaugh, em 1930.
A New Horizons carrega sete instrumentos diferentes para estudar a geologia e topografia de plutão e de sua maior lua Caronte. Entre os instrumentos usados no estudo estão dois espectrômetros em ultravioleta e infravermelho, uma câmera compacta multibanda, um telescópio imageador de alta resolução, dois poderosos espectrômetros de partículas e um detector de poeira espacial.
O objetivo será mapear a composição das superfícies e atmosferas e também tentar localizar novas luas ou anéis ao redor do sistema plutoniano.
Artes: No topo, primeira imagem colorida de Plutão, feita pela sonda estadunidense New Horizons, em 9 de abril de 2015. Acima, instrumentos a bordo da sonda que serão usados no estudo do planeta anão. Créditos: Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory, NASA/JPL, Apolo11.com.
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