Para entender como os cientistas conseguiram fazer essa análise, é importante saber que esse processo de aprendizado associado ao som começa nas orelhas, onde o barulho é convertido em códigos de frequência. Esses códigos são informados para as regiões do cérebro envolvidas no aprendizado. Lá, os neurônios são organizados de acordo com esse mapa das frequências - alguns são ativados com frequências altas e outros com baixas. Como os ratos aprenderam a associar sons de alta ou baixa frequência com comandos de direita ou esquerda, as conexões sinápticas dos neurônios mais ativados ficaram mais fortes. Então, ao examinar o cérebro dos bichinhos, eles puderam entender seus hábitos.
"Você pode me dar uma fatia do cérebro de qualquer animal e eu posso identificar padrões no treinamento dele quando o cérebro ainda estava dentro da cabeça", afirma Zador.
Qualquer animal? E a gente? Provavelmente você não vai conseguir 'ler a mente' de seus amigos e saber seus segredos mais profundos (nem ter os seus segredos revelados). Mas cientistas querem fazer, sim, experimentos similares com cérebros humanos - por motivos nobres. Doenças neurodegenerativas como o Parkinson poderiam ser melhor compreendidas se os pesquisadores tivessem uma noção melhor do comportamento dos neurônios de pacientes. Claro que o método do estudo precisaria ser extremamente mais complexo do que no caso dos ratos.
Via Brain Decoder
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