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terça-feira, 28 de julho de 2015

Compostos orgânicos devem ser encontrados em um asteroide nos próximos anos

Pousar em um asteroide e trazer um pedaço dele de volta à Terra: é o que pretende a missão OSIRIS-REx, primeira do gênero projetada pela NASA. Depois de explorar Plutãoem busca de respostas sobre os primórdios do Sistema Solar, a agência quer agora estudar em detalhes esta outra classe de astros, que também guarda informações valiosas sobre o mesmo período longínquo.
Com lançamento previsto para setembro do ano que vem, a sonda deve chegar no asteroide Bennu em 2018, e o naco de pedra que coletar deve aterrissar por aqui em 2023. Na amostra, os cientistas esperam achar coisas bem interessantes. “Nós definitivamente acreditamos que vamos encontrar materiais orgânicos no Bennu”, afirmou ao site Phys.org o investigador principal da missão, Dante Lauretta, da Universidade do Arizona.
Com carbono em abundância, estes compostos podem ter origem microbiana. Apesar da possibilidade, os pesquisadores não botam muita fé na ideia de micróbios estarem vivendo nessa rocha errante de 492 metros de diâmetro. “Nós também estamos confiantes de que vida microbiana não existe no Bennu. Um corpo do tamanho do Bennu tem muito pouca atmosfera e gravidade para proteger qualquer forma de vida conhecida dos efeitos devastadores do espaço”, explica Lauretta.
Um dos instrumentos da sonda OSIRIS-REx, o OVIRS (sigla em inglês para um espetrômetro de luz visível e infravermelha), vai analisar a luz emitida pelo asteroide para descobrir as regiões com maior concentração de moléculas orgânicas - lugares cuja amostra tem um valor científico mais alto. Outros quatro instrumentos serão mandados a bordo para analisar a fundo a composição e forma do Bennu.

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