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quarta-feira, 15 de julho de 2015

ÓVNIS em Moselândia


Um Disco Voador desceu na primeira semana de agosto de 1974, na fazenda do Recanto, município de Moselândia, pequena cidade distante 400 quilômetros de Goiás. O fotógrafo Soichi Tokay, do jornal Notícias Populares que se encontrava a poucos quilômetros da fazenda, ao saber do fato, rumou imediatamente para o local, "levado pela curiosidade e também pelo espírito profissional", segundo ele próprio afirmou. 
E durante um dia inteiro ficou em contato com diversos moradores da fazenda e redondezas, colhendo completo relatório sobre as atividades dos Discos Voadores naquela região. Tokay conversou inclusive com fazendeiros e pessoas de nível universitário, todas declarando que realmente as aparições de objetos estranhos têm sido freqüentes, em algumas horas do dia, 
Das várias histórias ouvidas, Tokay gravou uma, que achou bastante interessante e verídica. Aconteceu com o jovem Péricles Roberto de Lima, de 25 anos, filho do abastado fazendeiro Lázaro Roberto de Lima, proprietário de longa extensão de terras na região. 
O sol tinha se escondido e no céu apontavam as primeiras estrelas. O silêncio da noite começava a tomar conta do lugar e os peões recolhiam-se às suas casas, cansados após o fatigado dia de trabalho. 
O gado já não se movimentava, preferindo deitar-se na relva e esperar a manhã do dia seguinte, ruminando incessantemente. Os cães também não latiam mais, e Péricles, terminando de jantar, resolveu respirar o ar puro lá fora. 
Sentou-se na varanda daquela que era a sede da fazenda. 
Ficou quieto por alguns minutos, até que alguma coisa trouxe-o de volta à realidade. 
Péricles ficou abismado quando tudo clareou na fazenda. 
—Parecia que tinha amanhecido repentinamente. Fiquei assustado vendo todo aquele clarão ofuscar a região. 
Péricles firmou a vista no clarão. Seus olhos ardiam mas ele queria ver o que estava acontecendo. E descobriu a origem do estranho clarão, como se fosse uma "lanterna azulada", em algum ponto da mata.  
—Ficou tudo claro, aliás, azulado. Pensei que fosse algum avião, que estivesse caindo, após ter se incendiado. 
Porém, Péricles, cada vez mais curioso, notou que dificilmente poderia ser um avião. 
—Se fosse, teria explodido ou coisa semelhante. Mas pelo contrário, o silêncio continuava cada vez maior, embora os estranhos fachos de luz continuassem sendo irradiados por toda a mata. Depois, aos poucos meus olhos foram se acostumando e somente então pude divisar o estranho objeto responsável pela claridade. 
Para Péricles, o "estranho objeto" era simplesmente o Disco Voador que rondava a região há muitos dias. Mas ele conta mais: durante minutos, o Disco Voador permaneceu imóvel naquela posição, sobre a copa das árvores. "Estava distante da fazenda pouco mais de quinhentos metros, por isso deu para enxergar direito, embora a luz atrapalhasse minha visão." 
O que aconteceu depois? Foi o próprio Péricles quem contou ao fotógrafo Tokay: —"a coisa parecia um relâmpago. 
Em incrível velocidade, maior que qualquer avião do mundo, desapareceu". 
Segundo Péricles, ele ficou bastante impressionado com aquilo. E depois percebeu que vários outros empregados da fazenda também tinham visto o mesmo. 
Temerosos, se recolheram esperando o dia seguinte para irem até onde o Disco tinha aterrissado. 
Tokay esteve no local. E foi ele quem descreveu o que viu: 
—Parecia que uma pesada jamanta tinha sido jogada no local. Grossas árvores estavam quebradas, o mato rasteiro todo amassado como se tivesse sido socado por pesadas máquinas. O terreno estava completamente devastado. Coisa impressionante. 
E poucos metros, dentro da mata, nada indicava que alguma coisa tivesse feito tal estrago. O redor do local continuava intacto e nenhuma folha sequer estava arrancada de seu lugar. 
Nenhum material foi encontrado nem por Péricles e seus empregados, nem por Tokay, que interrompeu sua pescaria naqueles dias, para ficar pesquisando o estranho acontecimento. 
Um lavrador que morava na região há trinta anos, lhe disse num tom de indiferença: 
—Olha moço, antigamente a gente ficava assustado com esses tais Discos Voadores. Hoje, estamos mais acostumados. 
Eles aparecem principalmente à noite, numa bola de luz. Mas de vez em quando dá pra ver os "pratos grandes voando". 
Tokay descobriu ainda que a região, habitada na sua maioria por empregados das fazendas espalhadas ao redor de Moselândia, vinha sendo freqüentemente "iluminada" pelos Discos Voadores, mas até então nenhum ser extraterrestre descera para conversar com os habitantes. 
O pessoal de Moselândia estava confuso; ficava sabendo através de jornais e rádios, notícias de que os Discos Voadores existiam realmente, e, segundo cientistas estudiosos dos OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) vez por outra entravam em contato com os terrestres, através do aparelho tradutor de idiomas.
—Sei não. Mas tenho muito medo que eles um dia resolvam descer aqui na sede para conversar com a gente. Será que eles vão me matar, ou fazer algum mal para o pessoal da fazenda? 
Estes e outros eram os comentários dos habitantes da região, que naquela época esqueceram de falar sobre futebol, a falta de chuvas para a lavoura e as músicas sertanejas que estavam nas paradas, para falar apenas sobre os Discos Voadores, assunto daquele momento. Eles temiam por suas vidas, pois não sabiam como seriam os seres interplanetários. 
—Mas qualquer dia desses, tenho certeza que eles vão descer. Aí, a gente vai ficar sabendo como é o pessoal dos Discos. 

(Notícias Populares - 09/08/1974) 

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