No ano de 1935 vinha a lume a obra Cartas de Uma Morta (Editora LAKE),uma coletânea de mensagens psicografadas por Francisco Cândido Xavier, na qual o Espírito Maria João de Deus, sua mãe natural, descrevia aspectos interessantes e surpreendentes sobre a vida marciana.
Mais tarde, em crônica datada de25 de julho de 1939, integrante da obra intituladaNovas Mensagens (Editora FEB), o Espírito Humberto de Campos, também sob psicografia de Chico Xavier, nos trazia informações complementares, corroborando o relato anterior.
Analisemos, comparativamente, as comunicações recebidas sob o mesmo tema:
ASPECTOS GERAIS:
“Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade, formada de edificações profundamente análogas às da Terra.” (Maria João de Deus— Cartas de uma Morta)
“Ao longe, divisei cidades fantásticas pela sua beleza inaudita, cujos edifícios, de algum modo, recordavam a Torre Eiffel ou os mais ousados arranha-céus de Nova York (…). Ante os meus olhos atônitos, rasgavam-se avenidas extensas e amplas, onde as construções eram profundamente análogas às da Terra.”
(Humberto de Campos — Novas Mensagens)
“Percebi que a vida da humanidade marciana é mais aérea. Poderosas máquinas, muitíssimo curiosas na sua estrutura, cruzavam os ares, em todas as direções”
(Maria João de Deus — Cartas de uma Morta)
(Maria João de Deus — Cartas de uma Morta)
“Máquinas possantes, como se fossem sustidas por novos elementos semelhantes ao “Hélium”, balouçavam-se, ao pé das nuvens, apresentando um vasto sentido de estabilidade e de harmonia, entre as formas aéreas.”
(Humberto de Campos — Novas Mensagens)
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
“Percebi, perfeitamente, a existência de uma atmosfera parecida com a da Terra, mas o ar, na sua composição, afigurava-se-me muitíssimo mais leve. Assegurou- me, então, o Mestre, que me acompanhava (na excursão) que a densidade em Marte é sobremaneira mais leve, tornando-se a atmosfera muito rarefeita. (…) Apenas a vegetação era ligeiramente avermelhada, mas as flores e os frutos particularizavam-se pela variedade de cores e de perfumes. (…). Vi oceanos, apesar da água se me afigurar menos densa e esses mares muito pouco profundos. Há ali um sistema de canalizações, mas não por obras de engenharia dos seus habitantes, e sim por uma determinação natural da topografia do planeta que põe em comunicação contínua todos os mares (…).”
(Maria João de Deus — Cartas de uma Morta)
“Dentro da atmosfera marciana experimentamos uma extraordinária sensação de leveza (…).A vegetação de Marte, educada em parques gigantescos, sofria grandes modificações, em comparação com a da Terra. É de um colorido mais interessante e mais belo, apresentando uma expressão de tonalidade avermelhada em suas características gerais. Na atmosfera, ao longe, vagavam nuvens imensas, levemente azuladas, que nos reclamaram a atenção, explicando-nos o mentor da caravana que se tratava de vapor d’água, criadas por máquinas poderosas da ciência marciana, a fim de que sejam supridas as deficiências do líquido nas
regiões mais pobres e mais afastadas do sistema de canais, que ali coloca os grandes oceanos polares em contínua comunicação uns com os outros.”
(Humberto de Campos — Novas Mensagens)
(Humberto de Campos — Novas Mensagens)
ASPECTO FÍSICO DOS HABITANTES:
“Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças apreciáveis. Além dos braços tinham ao longo das espáduas ligeiras protuberâncias à guiza de asas que lhes prodigalizavam interessantes faculdades volitivas.”
(Maria João de Deus — Cartas de uma Morta)
“Tive, então, o ensejo de contemplar os habitantes do nosso vizinho, cuja organização física difere um tanto do arcabouço típico com que realizamos as nossas experiências terrestres. Notei, igualmente, que os homens de Marte não
apresentam as expressões psicológicas da inquietação em que se mergulham os nossos irmãos das grandes metrópoles terrenas. Uma aura
de profunda tranqüilidade os envolve. É que, esclareceu o mentor que nos acompanhava, os marcianos já solucionaram os problemas do meio e já passaram pelas experimentações da vida animal, em suas fases mais grosseiras. Não conhecem os fenômenos da guerra e qualquer flagelo social seria, entre eles, um acontecimento inacreditável”.
(Humberto de Campos — Novas Mensagens)
Vê-se, portanto, tratar-se de uma coletividade extremamente evoluída sob o ponto de vista moral, desfrutando de suas conquistas individuais elaboradas ao longo das encarnações. E, como planeta totalmente equilibrado, estando seus habitantes plenamente consciente de suas funções no Plano Divino, o progresso científico assumiu semelhantes feições, que os tornaram aptos, por exemplo, a construir poderosos telescópios, capazes de perscrutar a Terra, aumentando-lhe a imagem mais de 100.000 vezes, chegando ao extremo de examinar, inclusive, as vibrações de ordem psíquica, que, a próposito, são motivos de grande preocupação para os marcianos, razão pela qual, muito constantemente, têm nos enviado, com solicitude divina, diversas mensagens através de ondas luminosas que se confundem com os raios cósmicos, cuja presença no mundo, por vezes, têm sido registradas, muito embora, por enquanto, não tenham podido ser decifradas a contento.
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