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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Meditação Produz Mudanças Genéticas Que Melhoram a Saúde


Depois de vencerem muitos preconceitos dos seus colegas, cientistas já demonstraram que, entre os benefícios da meditação, existe também a redução do risco de ataques cardíacos, derrames e da morte por todas as causas.
Uma equipa norte-americana afirmou recentemente que, se ioga fosse remédio, seria o melhor remédio do mundo – ioga é uma entre várias técnicas de meditação.
A novidade agora é que se descobriu que a meditação altera a expressão de genes envolvidos com vários processos benéficos à saúde.
E os resultados podem aparecer em minutos, dispensando anos de isolamentos em mosteiros nas montanhas do Tibete.
Estudos anteriores já documentaram mudanças no cérebro quando as pessoas praticam meditação, mas esta é a primeira vez que se demonstra mudanças na expressão dos genes.
Segundos os investigadores, esse pode ser o mecanismo principal que poderia explicar os efeitos benéficos relatados da meditação, da ioga e da oração.

Efeitos genéticos da meditação

Herbert Benson e os seus colegas do Hospital Geral de Massachusetts (EUA) analisaram os perfis genéticos de 26 voluntários – nenhum dos quais meditava regularmente – antes de ensinar-lhes uma rotina de relaxamento com duração de 10 a 20 minutos.
As práticas incluíam recitar palavras, fazer exercícios de respiração e tentativas de interromper o fluxo automático de pensamentos.
Depois de oito semanas de meditação diária, o perfil genético dos voluntários foi analisado novamente.
Os genes reforçados têm três principais efeitos benéficos: melhorar a eficiência das mitocôndrias, a usina de força das células, aumentar a produção de insulina, o que melhora o controle de açúcar no sangue, e evitar o esgotamento dos telômeros, as tampas dos cromossomos que ajudam a manter estável o DNA e evitam que as células se desgastem – em duas palavras, retardam o envelhecimento.
Os genes que se tornaram menos ativos foram aqueles governados por um gene mestre chamado NF-kappaB, que desencadeia uma inflamação crónica que leva a doenças como a hipertensão arterial, doenças cardíacas, doença inflamatória intestinal e alguns tipos de cancros.

Resultados em minutos

Os cientistas queriam testar a meditação ao extremo, e então decidiram analisar os genes antes e depois de uma única sessão de meditação.
Os resultados foram conclusivos: as alterações genéticas benéficas induzidas pela meditação ocorreram em poucos minutos.
“Parece fazer sentido que se veja essas respostas passado apenas 15 a 20 minutos, assim como, inversamente, curtos períodos de stress elevam os hormônios do stress e geram outros efeitos fisiológicos que são prejudiciais a longo prazo,” comentou Julie Brefczynski-Lewis, da Universidade Oeste da Virgínia em Morgantown, que estuda os efeitos fisiológicos das técnicas de meditação.
E você, já meditou hoje?

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