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terça-feira, 27 de outubro de 2015

O ORÁCULO DE DELFOS


Durante mais de 15 séculos, do nascimento ao fim da cultura grega antiga, o Oráculo de Delfos, ou templo de Apolo, serviu como local em que peregrinos vindos das mais diversas latitudes do mundo helênico consultavam as pitonisas, as sacerdotisas oraculares, para saber qual seu destino, da sua família ou da sua pátria. Delfos tornou-se um dos lugares sagrados mais venerados pelos gregos, sendo que suas previsões e predições tiveram enorme repercussão nos destinos de reis, de tiranos e de muita outra gente famosa daqueles tempos.
A lenda do Oráculo de Delfos 
Querendo medir com exatidão o centro do mundo, Zeus fez com que duas águias fossem soltas de lugares opostos da Terra. Quando o voo das duas se cruzou, ali, bem embaixo, o todo-poderoso determinou ser o local do onfalos, o umbigo do mundo - uma pedra situada nas cercanias do monte Parnaso. Anunciou a todos, então, que dali ele entraria em contato com quem desejasse fazer-lhe consultas ou pedir-lhe orientações.
Porém, a região era dominada pela monstruosa Píton, uma cobra gigantesca que espantava qualquer possibilidade de aproximação. Coube a Apolo oferecer-se para enfrentar a serpente, representante das forças primitivas e irracionais, derrotando-a num formidável combate. O deus vitorioso sepultou os restos do ofídio monstruoso exatamente embaixo do solo em que se ergueu o templo de Delfos, no golfo de Corinto, local em que as mensagens de Zeus, por intermédio de Apolo, chegariam aos interessados.

O templo das previsões 
Os peregrinos podiam desembarcar no pequeno porto de Kirrha, ou ainda chegar por terra, seguindo uma via sacra que os conduzia para o alto, até as portas do templo de Apolo. No caminho, eles deviam fazer suas libações na fonte sagrada de Castalla, cujas águas serviam para purificá-los antes que a entrevista fosse realizada. Encravada na rocha havia a seguinte frase: "Ao bom peregrino basta-lhe uma gota, ao mau, nem um oceano poderia lavar a sua mancha".
A questão para a qual se desejava uma orientação era firmada numa tabuinha de argila e, em seguida, levada à uma das sacerdotisas, chamadas de pitonisas (referência à Píton). Entendida a mensagem, ela recolhia-se para o interior do templo e, sentada num trípode (um banco de três pés), começava a aspirar os "vapores divinos" que emanavam das rachaduras abertas no chão (*).
Dava-se, então, o momento do transe, quando a pitonisa, sob efeito do "fumo sagrado", começava a dizer coisas sem nexo, palavras cifradas que aparentemente não tinham nenhum sentido, mas que eram religiosamente anotadas pelos sacerdotes. Esta linguagem críptica, confusa e enigmática, ficou conhecida como "sibilina", talvez por ter sido associada a uma das pitonisas mais famosas chamada Sibila (nome adotado por várias outras sacerdotisas que a seguiram na função de intermediárias entre Febo Apolo e os humanos).
Texto extraído parcialmente do link: http://migre.me/rW9tp
O Sol Negro 

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