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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Terra Oca e Intraterrenos – Parte 1: Serra do Roncador



UMA CIDADE SUBTERRÂNEA NAS SELVAS DO BRASIL

No imenso estado brasileiro de Mato Grosso (901.420 Km ²), se esconde um enigma de proporções similares a geografia que enfrentamos. No sector de suas chapadas ―um terreno em verdade complicado, com zonas baixas e pantanosas―, no coração das denominadas Serras do Roncador, se encontra um mundo perdido que se protege diante de sua indócil selva e as flechas dos guerreiros índios do Parque Xingu. Um cenário que parece ter sido extraído de um filme de ficção cientifica. Não obstante, ao dar uma olhada nesta paisagem, é inevitável associá-lo com o mistério do Paititi. Ainda mais ao encontrar claros indícios que aponta a uma raça de seres superiores que viveriam nas entranhas da Terra (outros pontos no mundo tambem mencionam) e que estariam custodiando a “verdadeira historia da humanidade, sua origem e missão”. Uma historia fascinante mas ao mesmo tempo difícil de crer. Será possível?
Há muito tempo se mencionou a zona do Roncador como um lugar que “esconde” uns dos ingressos a esse místico e esquivo mundo subterrâneo. Um ponto no mundo que é rico em diversas lendas e, também, em mistérios. Não em vão, que em 1925, o investigador George Lynch salientou na prestigiosa revista Science at Vie que em Mato Grosso se encontra a origem de todas as civilizações do ocidente.
Recordamos que neste mesmo ano, o Coronel inglês Percy Harrison Fawcett (medalha de ouro da Real Sociedade de Geografia de Inglaterra e chefe da comissão encarregada de delimitar as fronteiras entre Peru e países vizinhos) levou a cabo uma arriscada expedição nestas selvas indomáveis, de onde nunca mais regressaria.
A desaparição de Fawcett, devido a seus credenciais e reconhecimentos, acendeu um interesse inusitado nesta região do Brasil. Mais de um investigador se perguntava que havia ocorrido realmente com este Coronel que mais tarde inspiraria em Steven Spielberg ao famoso personagem de Indiana Jones, que, ao igual que Fawcett, se submergia na selva e outros pontos do mundo buscado desvelar os mistérios. ¿Tudo isto é somente ficção?



A ESTRANHA DESAPARIÇÃO DO CORONEL FAWCETT

O inquietante era que Fawcett partiu em busca de uma cidade secreta no Roncador, denominada por ele “Z”. E até a data, a mais de sete décadas de sua expedição, não se sabe a ciência ao certo o que ocorreu com o experiente Coronel, que desapareceu em meio das selvas do Xingu com seus dois acompanhantes, seu filho Jack, de 22 anos, e o fotógrafo Raleigh Rimmel. Um detalhe intrigante em torno da sua desaparição foi revelado em 1952 por outro de seus filhos, Brian, quem afirmou, com total certeza, que se, seu pai entrou naquela cidade perdida que buscava, e que a “gente” de ali não o deixaram sair…
A própria esposa do Coronel havia sustenido que quando viviam no extremo Oriente apareceram uns homens estranhos que lhe anunciaram feitos extraordinários para o futuro da família, antecipando, incluso, o destino de Fawcett. Esses homens seriam “emissários” da denominada Irmandade Branca ou “Academia Invisível” que vigia o mundo. Segundo se crê um conjunto de elevados Mestres que protegem os segredos da Terra. Aqueles seres estariam vinculados a lenda de Shambhala, que mais de um Lama conhece, mesmo que nesta ocasião estaríamos enfrentando o mesmo panorama nas selvas e montanhas de America do sul. A tudo isto se somou ao descobrimento científico de Machu Picchu por Hiram Binghan, em 1911, feito que daria ao Coronel maior força a sua convicção de partir a Serra do Roncador, que deve seu singular nome aos estranhos sons que parecem surgir do solo. Outro feito inexplicável já que o vento não pode gerar tremendos fragores que parecem gerar-se na entranhas do lugar. E já se descartou qualquer tipo de atividade sísmica na zona. Então, quem ou o que gera esses sons, que as vezes são metálicos ou mecânicos?
O explorador, sabia que em Brasil ―assim como em outras regiões ainda sem investigar de América do Sul― jaziam escondidas, ocultas, ancestrais cidades de pedra, enterradas baixo o conveniente manto selvatico. Já nas suas viagens pelo continente, Fawcett havia ouvido dizer dos “índios loiros, de olhos azuis”, como remanescente de uma perdida cultura que chegou de terras longínquas logo após um cataclismo. Todos estes dados lhe aventuraram em 1921 a buscar a cidade perdida de Bahia. O certo é que, a margem daquela silenciosa pesquisa ―pouco se sabe em realidade o que encontrou Fawcett y decidiu calar― existe uma jazida arqueológica na Bahia, concretamente em Igatú, perto de Andarai, em plena meseta Diamantina. Alguns a chamam, inclusive, “A Machu Picchu brasileira”.
É importante dar um olhada neste mistério em Bahia pelo fato desta cidade aparecer no “manuscrito 512”, que se conserva na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. A existência deste enclave, e as revelações deste manuscrito, puseram a Fawcett trás uma “pista”. Vejamos o que diz o manuscrito.

O MANUSCRITO 512

Havia aparecido a mediados do Séc. XIX com o controvertido título: “Relação histórica de um oculto e grande povoado antiqüíssimo sem habitantes que se descobriu no ano 1753”.
O documento, carcomido em parte, inicia seu relato narrando uma expedição de bandeirantes ao interior de Brasil. O grupo havia partido de São Paulo. Graças a um cervo branco ―que saiu do nada― foram guiados até as mesmíssimas ruínas de uma cidade de pedra. Os aventureiros, logo depois de penetrar em um vale de selva densa e inumeráveis riachos, se encontraram atônitos diante uma entrada formada por “três arcos de grande altura”, coroados com inscrições. Então entraram. E ali descobriram, no centro de uma praça desta cidade abandonada, uma coluna de pedra negra, coroada pela estatua de um homem sinalando com a Mao direita em direção norte…
O manuscrito narra outros detalhes extraordinários desta expedição que aumenta ainda mais sua intriga. Seu testemunho, sem duvida, incita a lançar-se em busca daqueles mistérios. Mas, quem foi o autor? Ao estar parcialmente corcomido, certas partes do documento se perderam, e talvez entre elas o nome que buscamos. Alguns historiadores, como era de se esperar, prantearam a possibilidade de ser uma farsa bem urdida. Afortunadamente, o historiador Pedro Calmón, logo de um minucioso estudo, conseguiu identificar ao autor do manuscrito 512: o capitão Joao da Silva Guiamares, falecido entre 1764 y 1766.
O texto foi encontrado por primeira vez entrando no Séc. XIX em uma das estantes da Biblioteca Pública da Corte de Rio de Janeiro. Logo se reproduziu no primeiro número da revista do Instituto, exatamente no ano 1839.
Fawcett conhecia a narração deste insólito documento, e as possíveis “pistas” que outorgava para encontrar outras cidades perdidas em Brasil. Não obstante, o estímulo mais poderoso com que contava o Coronel para penetrar o Mato Grosso, era outro. E Tal vez tão inquietante como o mesmo manuscrito.
O ATLANTE DE BASALTO
O que motivou finalmente a Fawcett a partir em busca de “Z” na perigosa Serra do Roncador radicada em uma estranha estatueta de estilo egípcio feita em basalto negro (roca vulcânica vitrificada). O objeto havia chegado a suas mãos graças ao famoso novelista Sir Rider Haggard ―autor da fascinante obra “As minas do Rei Salomão”― quem a conseguiu em Brasil a finais do século XIX.
A través da investigação psíquica ―como a psicometria― se determinou que a estranha estatueta, de uns 25 cm. de altura, provinha possivelmente de Atlântida, sendo resgatada por um sobrevivente que a manteve em sua custodia em uma cidade de pedra, escondida nas selvas de América do sul. O curioso é que a estatueta representava a um possível sacerdote sustentando uma taboa com inscrições com 24 estranhos signos que esperavam ser decodificados. Fawcett conseguiu decifrar 14 destes símbolos ao encontrar-los em peças de cerâmica pré-histórica procedentes do Brasil. E se pensa que os utilizou como “coordenadas” para alcançar seu objetivo. Outros pensam que a escritura se tratava em realidade de uma espécie de “contra-senha” ou “senha de acesso” ao mundo perdido do Roncador. E ainda que tudo isto pareça demasiado alucinante como para aceitar, existem diversos estudos sérios sobre a inscrição que esgrime a estatueta.
O reconhecido estudioso argentino Aldo Ottolenghi, na sua obra “Civilizações Americanas pré-históricas” (1980) aborda em cheio o mistério desses signos, que diga o investigador ―experto mundial no estudo de escrituras ancestrais― pelas complexas e exatas características como linguagem arcaico constitui uma prova de sua autenticidade. Por alguma razão, aquela estatueta chegou às mãos de Sir Haggard para que, finalmente, Fawcett a possui com a ratificação de uma viagem que vinha pensando realizar. O objeto ―como se tratasse de uma profecia― acompanhou ao ousado explorador inglês em seu último e estranho viagem ao Mato Grosso. Tinha que devolver-lo a seu lugar de origem?
A similaridade deste episodio com a Pedra de Chintamani que portava Nicolas Roerich no deserto de Gobi e as montanhas do Altai para ser “devolvida” a Shambhala, é sugerido. Por um lado, a denominada “Pedra de Orión” representava as forças cósmicas, ao tratar-se do fragmento de um presunto meteorito. E a estatueta de Fawcett, ao ser de basalto, fecharia a energia telúrica do planeta. Mais longe de um ato simbólico, em tudo isto parece deslizar-se certas transmissões de energia ao levar estes objetos aos Retiros Interiores. Temos que nos perguntar se aquelas viagens foram induzidas pelos mesmos “Mestres Invisíveis”.
MATALIR-ARARACANGA: A CIDADE QUE TROVEJA

O nome “Roncador” vem do fato do vento passar pelos paredões rochosos durante a noite, produzindo um som grave que se assemelha ao ronco de uma pessoa dormindo, mas Cidade que troveja é o nome onde muitos identificam a cidade intraterrestre da Serra do Roncador.E como mencionei anteriormente, deve sua denominação ao estranho ruído, as vezes como de “trovoes”, e outras ocasiões como de “máquinas”, que parece surgir do solo e não dos ventos. Matalir-Araracanga seria a cidade subterrânea que gera aqueles “sons”. Mesmo não necessariamente podia corresponder a pretendida tecnologia dos intraterrestres. Alguns místicos supõem que em verdade nos encontramos diante dos mantras ou cânticos sagrados dos habitantes subterrâneos do Mato Grosso. Como seja, este fenômeno, cabe mencionar, foi escutado também em outros pontos de similar característica em todo o mundo, incluindo o próprio deserto de Gobi.
No caso desse tema que comparte China e Mongólia, se ouviram muitas vezes que as caravanas que atravessavam o deserto asiático derrepente escutavam um “canto antigo” sair das entranhas da terra. Imediatamente tudo ficava em silencio. Até os animais que venham com a caravana se encontravam imóveis, sobrenaturalmente tranqüilos. Incluso o vento, freqüente daqueles locais, também, misteriosamente, se havia calmado. Ao cabo de uns instantes mais, tudo voltava a normalidade. Os lamas afirmam que isto sucede quando o Rei do Mundo, o Supremo Mestre de Shambhal segundo suas crenças, está orando pela humanidade.
Acredita-se que seres evoluídos possuem cidades subterrâneas cujas entradas ficam escondidas no meio da serra. Ao meio da serra há um lago chamado de “o Portal”. Essa Lagoa é misteriosa por possuir águas extremamente cristalinas e não haver nenhum ser vivo dentro dela. Segundo a crença esotérica, deve-se mergulhar nesta lagoa para se ter acesso a Atlântida.
Outro acesso seria uma enorme rocha de cristal perfeitamente redonda e transparente, medindo aproximadamente 10 metros de diâmetro. Os ancestrais dos Índios Xavantes, utilizavam essa rocha como espelho.
Envolto em mistérios, o destino do militar britânico continua obscuro. Do pouco que existe de concreto sobre o assunto, sabe-se que Fawcett estava confiante no sucesso de sua expedição. Na última correspondência enviada a sua esposa, ele afirmava: “Vou me encontrar com índios selvagens em breve, mas você não deve temer nenhum tipo de fracasso”.

NOTA: Este artígo é uma adaptaçao do livro “Uku Pacha: O Mundo Subterrâneo da Irmandade Branca”, de Ricardo González.

Continua...

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