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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Nova técnica de laser faz objetos ficarem tão quentes quanto o Sol





10.000.000°C em um piscar de olhos. É isso que os físicos teóricos do Imperial College London, da Inglaterra, conseguiram com uma nova técnica de laser criada por eles. Essa temperatura é a mesma da fotosfera (uma camada intermediária entre a superfície do Sol e o seu centro) e o objeto que entra em contato com o laser chega nesse nível de calor em muito menos que um segundo.

Por mais que possa soar apenas como uma tentativa extravagante do homem em alimentar seu ego por fazer algo absurdamente inacreditável, existe um propósito científico bem relevante aí: esse método pode abrir novas fronteiras no que diz respeito à fusão nuclear, tecnologia que emula o que ocorre no interior do Sol para gerar energia de maneira eficiente e limpa.
Essa tecnologia aquece os materiais em uma velocidade 100 vezes maior que os sistemas de laser mais energéticos conhecidos até então. A diferença é que normalmente um laser aquece os elétrons, que por sua vez aquecem os íons. Esse novo laser dispensa intermediários:quando apontado para um objeto, ele age diretamente nos seus íons através de uma onda de choque eletroestática.
O detalhe é que a rapidez no gatilho desse laser depende do material para o qual ele é apontado. Se na composição do objeto houver dois tipos específicos de íons, eles serão acelerados a diferentes velocidades, causando fricção, o que faz com que o calor aumente rapidamente. Um “público-alvo” desse laser são os plásticos.

Ainda segundo Turrell, mudanças tão drásticas de temperatura costumam ocorrer em locais como o LHC (Grande Colisor de Hádrons), mas uma das coisas que torna essa técnica única é que ela trabalha em cima de colisões entre pares de partículas, podendo ser replicada em diversos laboratórios ao redor do mundo.De acordo com Arthur Turrell, um dos autores do estudo, esses dois íons “funcionam como o fósforo e a sua caixa: você precisa de ambos”. Em materiais com apenas um desses íons o laser perde seu efeito avassalador. Por outro lado, quanto mais denso o material, maior a velocidade de aquecimento, já que os íons ficam amontoados em um pequeno espaço, potencializando a fricção.

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