Apelidado de Tayna, que significa “primogênito” em aimará (idioma falado nas regiões do Andes e Altiplano na América do Sul), o objeto foi encontrado graças a uma combinação de mapeamentos dos telescópios Hubble e Spitzer. Essas tecnologias combinadas estãorevolucionando a forma que entendemos as origens do Universo, já que possibilitam que identifiquemos objetos de pouquíssima luminosidade, inexplorados até então.
Para os pesquisadores, a Tayna teria um tamanho similar à Grande Nuvem de Magalhães (ou Large Magellanic Cloud, conhecida como LMC), uma pequena galáxia-satélite da nossa Via Láctea. Os cientistas apostam que ainda há muitas galáxias parecidas com Tayna, e talvez tão antigas quanto, apenas esperando para serem descobertas. E isso não está muito longe de acontecer – em 2018, com o lançamento do telescópio James Webb, estaremos ainda mais perto de encontrar pistas para o início do Universo.Além da tecnologia utilizada pelos telescópios, os astrônomos confiaram em um fenômeno conhecido como lente gravitacional. Ele acontece quando a luz de uma determinada fonte sofre distorção por conta da presença de uma estrutura massiva entre a fonte e o observador (no caso, a gente). Neste caso, a estrutura era um aglomerado de galáxias chamado MACS J0416.1-2403. Por conta desse fenômeno, a luz da galáxia ficou 20 vezes mais intensa do que o esperado para objetos como este. De acordo com a coloração da luz, estima-se que o aglomerado esteja a cerca de 4 bilhões de anos-luz de distância do nosso sistema solar.
Mais detalhes da descoberta podem ser encontrados no The Astrophysical Journal (em inglês).
Nenhum comentário:
Postar um comentário