Um dos cientistas mais brilhantes de seu tempo (a ponto de "rivalizar" com Einstein de vez em quando), Nikola Tesla ganhou finalmente o reconhecimento que merecia quando a internet tratou de espalhar a importância de seu trabalho e de suas contribuições inestimáveis para a ciência. Mas durante nos anos 1930, o cientista era queridinho de jornalistas das revistas New York Times e Time, que o visitavam toda hora em seu quarto de hotel para ouvir histórias do início de sua carreira. Idoso, Tesla não se continha ao fazer previsões para o futuro da humanidade.
Agora, um artigo da revista Liberty de 1935, aparentemente escrito pelo próprio cientista com participação do célebre jornalista George Sylvester Viereck (um amigo pessoal de Tesla, inclusive), foi encontrado - e revelou ainda mais reflexões do gênio sobre o século 21. Confira:
Criação de sociedades protetoras do meio ambiente
A agência de proteção ambiental dos Estados Unidos seria criada 35 anos depois do artigo de Testa, mas o cientista já previa a importância de regulamentações que protegessem mais o meio ambiente. Segundo Tesla, "a poluição que existe em nossas praias hoje ao redor de Nova York será impensável para nossos filhos e netos, assim como a vida sem encanamentos parece incabível para nós. Nossas reservas de água serão supervisionadas com mais cuidado, e só um maluco beberia água não-esterelizada".
Educação, guerra e jornalismo
Tesla imaginou um mundo em que novas descobertas científicas, mais do que guerras, seriam uma prioridade para a humanidade. Sonhava com um mundo em que "os países mais civilizados do mundo" gastariam mais dinheiro em educação do que em guerras. "Será mais glorioso lutar contra a ignorância do que morrer no campo de batalha. A descoberta de uma nova verdade científica será mais importante do que a discussão de diplomatas." Também previu um novo caminho para o jonralismo: "Até os jornais do nosso tempo estão começando a tratar descobertas científicas e a criação de novos conceitos filosóficos como novidade. Os jornais do século 21 darão apenas uma coluna nas páginas finais para falar sobre crimes e controvérsias políticas, mas as páginas de capa proclamarão novas hipóteses científicas". Bem...
Saúde e dieta
Até o fim de sua vida, Tesla conduziria uma dieta, no mínimo, curiosa. Em seus últimos dias, jantava basicamente mel e leite, pois acreditava que era a forma mais pura de alimento. Tesla perdeu tanto peso que parecia um fantasma. Essa dieta restritiva, além de sua aparência esquálida, ajudaram a espalhar o mito de que teria chegado ao fim da vida sem uma moeda no bolso. Em seu artigo, estava convicto de que estimulantes, como café, chá e tabaco, estariam em declínio. "Essa abolição dos estimulantes não vierá de maneira forçada. Apenas não estará mais na moda intoxicar seu sistema com ingredientes que fazem mal". Mas o álcool ainda seria "usado", pois, para ele, "não é um estimulante e sim um elixir da vida". Em relação a alimentos, Tesla acreditava que as porções seriam mais saudáveis e "epicuristas": "haverá suficiente trigo e produtos feitos dele para alimentar o mundo todo, inclusive os milhões que vivem na China e na Índia, que correm risco de morrerem de fome".
Robôs
Energia barata e uso de recursos naturais O trabalho de Tesla com a robótica começou no fim dos anos 1890, quando patenteou seu barco de controle remoto, que deixou abismados os participantes da exibição Electrical Exhibition, que aconteceu no Madison Square Garden em 1898. Para Tesla, o problema de sua geração era que "nós ainda não nos ajustamos completamente à época da máquina. A solução dos nossos problemas não está em destruir as máquinas e sim dominá-las". Em uma previsão certeira, Tesla escreveu que "inúmeras atividades ainda produzidas por mãos humanas serão feitas por autômatos no futuro. Nesse exato momento, há cientístas trabalhando em laboratórios de universidades americanas para tentar criar uma 'máquina pensante'. Eu antecipei esta inovação". Tesla também acreditava que "no século 21, o robô tomará o lugar que o trabalho escravo ocupava nas civilizações antigas. Não há motivos para que tudo isso não aconteça em menos de um século, liberando a humanidade para perseguir suas altas aspirações".
Em um palpite bastante otimista, Tesla acreditava que "reflorestamento sistemático e cuidado científico com nossos recursos naturais terá dado fim às devastadoras inundações e aos incêndios florestais. A utilização universal da água como geradora de eletricidade esua transmissão a longa distância vai abastecer cada casa, com preços baratos". Para Tesla, tudo isso serviria para livrar a humanidade de lutar por sua sobrevivência, permitindo que alcançássemos novos e grandiosos objetivos.
Otimista ou não, Tesla era um visionário, cuja visão de mundo e enormes contribuições científicas estão sendo celebradas mais do que nunca. E mesmo que estejamos longe do ideal enxergado por ele, o cientista compreendeu com muita clareza que a humanidade atual estaria preocupada com o legado ambiental que será deixado para futuras gerações.
(Via Paleofuture)
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