- Caso Antonio Nelso Tasca
O Caso Antônio Nelso Tasca, considerado um dos casos mais importantes da casuística brasileira, ocorreu na noite de 14 de dezembro de 1983. O protagonista, Antônio Nelso Tasca, era corretor de imóveis e tentava vender terrenos e fazendas, localizadas na Bahia, para interessados em Chapecó (SC).
Naquela noite, Tasca visitaria o Sr. Pedro Cela, que morava às margens de uma via asfaltada, que ligava-se à BR282, a 10 Km da cidade de Chapecó (SC). Como o Sr. Cela não se encontrava em casa, Tasca resolveu voltar para casa, em sua Brasília, placa 3399, da cidade de Barreiros, Bahia.
Por volta das 20 horas, quando ele encontrava-se nas proximidades da fábrica da Coca-cola, mais ou menos a 6 quilômetros de Chapecó, Tasca saiu do asfalto e entrou em uma estrada de terra, à direita da rodovia, que dá acesso à Granja do Sr. Tozzo. Ele dirigiu por aproximadamente 5 minutos, parando em seguida. Nesta estrada, Tasca deparou-se com um objeto esverdeado, com aproximadamente 10 metros de comprimento por 3 metros de altura, pousado logo à sua frente. Tasca parou o carro a 30 metros do objeto que, a princípio, julgou ser um ônibus, devido à disposição das janelas. Curioso, Tasca desligou os faróis e o motor do carro e aproximou-se do "ônibus". O objeto tinha aproximadamente 10 janelas, com altura de 70 cm por 40 cm de largura (aprox.), apresentando-se mais estreitas nas extremidades do veículo que flutuava pouco acima do chão.
Quando Tasca se encontrava a 10 metros do objeto, sentiu uma intensa onda de calor. Apreensivo, ele afastou-se cautelosamente do objeto, ainda de frente para o aparelho e de costas para seu automóvel. Quando ele tocou a maçaneta do carro, surgiu um feixe luminoso emitido pelo objeto. Era como uma faixa de luz brilhante, de cor amarela, como um tapete lustroso, com aproximadamente 1 metro de largura, que estendeu-se velozmente embaixo do objeto, em direção ao protagonista do caso. O tapete luminoso passou por baixo de seus pés, mudando repentinamente de sentido. Antes a luz vinha do objeto em direção à luz. Agora, o feixe de luz seguia em direção ao objeto, desta vez puxando Tasca, sem que este tivesse tempo de reagir, ou mesmo desequilibrar-se. Com a aproximação repentina, Tasca percebeu que a cor real do objeto era cinza, ao invés de verde. Logo após perdeu os sentidos.
Ao acordar, Tasca percebeu que estava em outro ambiente, mais frio e em total escuridão. Ele não conseguia mexer seus braços, que pareciam colados ao corpo, e suas pernas, aparentemente estavam coladas uma à outra. Com a lembrança vívida do episódio ufológico, Tasca pensou que havia sofrido morte aparente, tendo voltado do período de letargia já dentro de um túmulo. Sua respiração foi ficando ofegante, ao mesmo tempo em que o ambiente tornava-se ainda mais frio, a ponto de seu corpo tornar-se insensível. Sentindo intensa falta de ar, não conseguiu gritar por socorro. Nesta cruel agonia, Tasca chorou, em silêncio. Neste momento, a temperatura aumentou, e o ar voltou a fluir no ambiente, e a sensibilidade de seu corpo voltou ao normal. Pouco depois, o abduzido ouviu passos abafados, aparentemente de 3 ou 4 pessoas, que aproximavam-se à sua direita. Um deles posicionou-se à sua esquerda. Em seguida, estas entidades fizeram algum tipo de análise na parte superior das pernas de Tasca, através de batidas sucessivas. Durante esta etapa inicial, os desconhecidos comunicavam-se em uma linguagem desconhecida, composta de grunhidos, ora mais longos, ora mais curtos, que variavam de timbre, para mais alto ou mais baixo.
A seguir, os tripulantes do objeto examinam a parte dos joelhos e das pernas inferiores. Após isso, eles ergueram Tasca do chão e o levaram para outro compartimento, onde o colocaram no chão, afastando-se em seguida. Após isso, a luz se acendeu e com isso, Tasca pôde perceber que estava completamente nu. Este ambiente tinha 2,5 m ou 3 m de largura por 3 de altura, com cantos arredondados. Não haviam portas ou janelas visíveis no ambiente. À sua direita estavam suas roupas e calçados, em um montículo. Tasca conseguiu levantar-se, e passou a apalpar as paredes, que eram polidas, cor de alumínio polido.
A seguir, abriu-se uma porta, por onde entrou uma moça, de aproximadamente 1,20 m (Tasca tinha 1,74m), com cabelos claros, caindo até o ombro. Seu rosto tinha pele clara e fina, olhos azuis, amendoados, os quais diferiam de um olho humano comum, pois eram mais afastados entre si, e alcançavam ainda a parte lateral do rosto, onde terminavam feito virgulas deitadas com seu angulo externo de maneira exótica, arqueando para cima. Esta moça estendeu a mão para o abduzido, num gesto amistoso, de aparente saudação. Neste contato inicial, Tasca ouviu e sentiu uma melodia, que lhe trouxe profunda paz, alegria, saudade e sensações referentes à cores.
Tasca pensou em perguntar à tripulante quem era e de onde vinha. Antes de formular sua pergunta, oralmente, a resposta surgiu em sua mente:
"-- Sou Cabalá. Mensageira do Mundo de Agali. Venho em missão de paz e amor!"
Em seguida, Tasca perguntou, da mesma maneira:
"-- Onde estamos?".
Novamente a resposta surgiu em sua mente, antes que ele fizesse a pergunta oralmente:
"-- Estamos no oceano, a cento e oitenta metros abaixo do nível do mar".
Tasca sentia, nesse momento, sede intensa e confusão mental. Ele pensou em pedir água e comentar sua confusão mental:
"-- Estou com muita sede e estou muito confuso. A senhora transmite paz e amor, mas, também confusão que eu não posso dominar. Acho que é a sua beleza a causa".
Imediatamente a resposta veio à sua mente:
"-- Você vai beber agora mesmo e sua sede passará, bem como seu estado de confusão".
Tasca percebeu que na parede havia um objeto, de mais ou menos 1 metro de comprimento, por 15 cm de altura e 4 ou 5 cm de profundidade, com 10 botões avermelhados. Cabalá apertou um destes botões e abriu-se uma gavetinha que continha dois recipientes em forma de bisnaga, com dimensões de 10 por 6 e por 3 cm. A moça puxou o trinco de um deles, abrindo-o. Em seguida ofereceu à Tasca que bebeu um líquido inodoro e incolor. Tasca o descreveu como sendo algo mais leve que a água. Em seguida, Cabalá ofereceu o segundo recipiente à Tasca. Desta vez, o sabor era semelhante ao de amoras brancas, algo levemente ácido. Após isso, Tasca entregou o recipiente à Cabalá que recolocou no aparelho. Cabalá finalizou:
"-- Agora não vai sentir sede nem confusão diante de mim. É hora de cumprirmos missão de muita importância, para a qual fomos escolhidos. Fique calmo...".
Tasca perguntou:
"--Depois disso serei devolvido ao meu mundo?".
"--Sim, mas tem hora certa para isto. Caso contrário, você será colocado num lugar muito distante daqui (onde mora)".
Cabalá explicou à Tasca que ele havia sido escolhido para transmitir mensagem aos seus co-cidadãos de todo o globo terrestre. Ele perguntou a razão disso, pois não tinha nada de especial, não era rico nem influente. Diante disso Cabalá falou que ele "sempre acreditou na existência extraterrestre e já havia desejado tal encontro".
Tasca, começou a sentia uma profunda sensação de desejo pela tripulante. Cabalá aproximou-se de Tasca quase ao mesmo tempo em que uma espécie de divã surgiu da parede desta sala. Este objeto media aproximadamente 1,30 m de comprimento, por 1 metro de largura. Não haviam encostos nem braços ou pernas de suporte. Havia apenas uma extremidade fixada à parede, como se fosse uma peça fundida.
Cabalá afastou-se, levantou seu vestido e colocou-se deitada no divã, olhando para Tasca. Em seguida, ambos tiveram uma breve relação sexual, normal. Ao final do processo, Cabalá falou pela primeira vez, sem o uso de meio telepático. Ela pronunciou a palavra amor, com um leve sotaque: "Amór". Em seguida ela esboçou um leve sorriso, mas ainda assim com um olhar de tristeza. Ao sorrir, Tasca percebeu dentes brancos e delicados, como os de uma criança.
Pouco depois, já recompostos, Cabalá posiciona-se à frente de Tasca e o informa que ele seria um porta-voz, transmitindo uma mensagem ao povo da Terra. Surpreso, Tasca alegou que sua memória era fraca e que não estaria apto para a missão:
"-- Senhora, ao sair daqui minha mente vai falhar e eu lembrarei apenas alguns trechos da mensagem!...".
Diante disso, Cabalá apertou outro botão naquele instrumento preso à parede e abriu-se uma divisão maior, de onde ela tirou um diadema, que colocou em seguida na cabeça de Tasca, dizendo:
"-- Com isto na sua cabeça, vê me ouve duas vezes a dizer-lhe a mensagem e nunca mais esta lhe sairá da memória".
Cabalá ajustou o diadema e transmitiu a mensagem:
"Advertência da mensageira Cabalá, do mundo de Agali, para todos os povos da terra.
“É preciso que sejam imediatamente desativadas as armas de guerra, capazes de acabar com qualquer espécie de vida aqui existente. Além de toda sua apavorante e mortífera devastação, uma guerra nuclear total colocará a terra fora de sua rota celeste e causará graves distúrbios à vida de mundos vizinhos, alguns em dimensões que o homem terrestre ainda desconhece.
É preciso que sejam abolidas as dominações políticas, econômicas e financeiras de nações sobre nações. O imperialismo contraria o direito de igualdade dos povos e se constitui numa nova e solerte modalidade de escravização.
É preciso que sejam preservadas a essência da vida humana e as suas funções naturais de reprodução. Em estrelas próximas e noutras inatingíveis ao homem atual. a vida surgindo sopro do Eterno-Espírito-Criador-de-Todas-as-Coisas-Deus, razão pela qual não deve ser objeto de experiências imponderáveis, porque estas terminarão em desastre genético irreversível.
É preciso que, dentro do mais rigoroso critério de justiça e moral, com vistas para a solução dos problemas sociais resultantes da prolificação humana desordenada, sejam instituídos órgãos que, por vias científicas naturais, planejem e executem programas de controle populacional e de melhoramentos biológico do homem.
É preciso que o homem conquiste outros mundos do universo e ali encontre lugares adequados para as suas futuras emigrações e novas fontes de energia e subsistência, mas antes deve conquistar seu próprio mundo, desvendando-lhe os enigmas que ainda existem na terra, no mar e no ar; conservando-lhe os elementos naturais de vital importância, defendendo-o da sutil pirataria do exterior e curando-lhe as imperfeições humanas do corpo, da mente e do espírito.
É preciso que, atendidas estas exortações, a humanidade esteja preparada para o período de extraordinários acontecimentos de que a terra será palco, dentro de pouco tempo. Os grandes eventos serão prenunciados por estranhas manifestações telúricas e sinais celestes de magnífico esplendor e inquietante beleza. Mestres da suma sabedoria tornarão a vir à terra, renovarão ensinamentos maravilhosos e ajudarão a estabelecer nova sociedade política. Renascerá o paraíso terrestre, pleno de luz e amor.
Então, através de meios e energias ora sequer supostos, o homem conhecerá os côncavo-convexos dimensionais da terra, viajará às profundezas do universo e não sentirá a canseira do tempo. E, como sublime conquista da capacidade criadora humana, será posta em ação a máquina do Poder Absoluto, engenho que, entre muitos outros prodígios, dará à humanidade visão mais feliz e assombrosa de toda a sua história: a ressurreição dos mortos na faixa dos 4 xis.
Advertências da mensageira Cabalá, do Mundo de Agalí, para todos os povos da terra”.
Após transmitida a mensagem, Cabalá retirou o diadema da cabeça do protagonista e guardou-o de novo no console, que fechou-se imediatamente. Em seguida, Cabalá encarou Tasca, repetindo a mesma saudação emitida no momento inicial da conversação, cruzando, em seguida, o braço esquerdo sobre o peito e levantando a mão direita sobre o ombro. Tasca recebia mensagem "paz e amor". Em seguida a tripulante foi recuando de costas, lentamente em direção à porta de entrada que havia se aberto na parede. Após a passagem da moça, esta se fechou hermeticamente, deixando em Tasca uma sensação de solidão e de abandono.
Em seguida, a iluminação na sala diminuiu, restando uma escuridão plena no local. Em seguida, ele ouviu passos e sentiu novamente a presença de pequenas criaturas ao seu redor que, puxando-o para outra sala, indicavam para que deitasse. Tasca reconheceu este lugar como sendo o mesmo local gélido e assustador em que esteve no começo de sua experiência. A temperatura caiu gradativamente até o momento em que Tasca perdeu os sentidos.
Ao acordar, Tasca viu-se deitado em um capinzal, em um morro rochoso, às margens da BR-282, a 3 Km a direita do trevo de acesso da cidade de Chapecó. Pela posição do Sol, Tasca estimou ser aproximadamente 6 horas da manhã, embora seu relógio de pulso indicasse 10:15 hs. Seus braços e pernas apresentavam-se "entravados", embora ouvisse e enxergasse perfeitamente. Levou aproximadamente 2 horas para que conseguisse recuperar os movimentos. Assim que possível, Tasca desceu a estrada e andou a pé, por aproximadamente 2 km, até chegar à Eletrodíesel Batistela, sendo atendido por duas moças. Ali Tasca telefonou para casa e avisou sua família. Ele foi então informado da grande agitação e agonia que se abateu sobre sua família, do carro abandonado que fora encontrado na estrada de terra e da mobilização de um investigador de polícia para o seu desaparecimento. Então, ele seguiu rapidamente para casa, sendo encontrado por seu filho, Maximiliano, que chegava à cidade naquele momento.
Maximiliano percebeu que seu pai estava aparentemente em estado de choque, não conseguindo explicar o que havia acontecido. Mais tarde, ele contou detalhes da experiência aos seus familiares, deixando-os incrédulos e preocupados com seu estado. Eles levaram o abduzido para exames no Hospital Santo Antônio, em Chapecó, onde foi atendido pelo Dr. Julio Zawadscki. Tasca não contou para este médico, sua extraordinária experiência. O médico concluiu que o nervosismo, a intranquilidade e a elevação da pressão sanguinea, à um simples assalto. Ele ministrou um tranquilizante e deu alta ao paciente. Mais tarde, naquele mesmo dia, quando Tasca tirou sua camisa, dois familiares perceberam uma estranha marca nas costas no abduzido. Tasca desconhecia a existência desta marca, ou mesmo sequer sabia explicar sua origem. Novamente Tasca foi examinado pelo médico que diagnosticou queimadura, mas devido à suas características permaneceu intrigado. No dia seguinte ele retornou à residência de Tasca, desta vez acompanhado de mais quatro profissionais para documentar a lesão. Na ocasião, o médico descobriu no tórax da testemunha, na frente, na extremidade inferior do osso externo, na região xifóide, na pele, círculo de 3 cm de diâmetro, consistindo de pequenos pontinhos vermelhos. A mesma região em que Tasca sentiu dor, e que foi medicado pelo doutor. No dia seguinte, tais pontinhos haviam desaparecido por completo.
Nos dias seguintes, Tasca não sentiu muita fome e comeu muito pouco. Às 2:15 hs da madrugada do terceiro dia, Tasca vomitou um líquido amarelo, sentindo o mesmo sabor de amoras brancas em sua boca. Após isso, seu apetite voltou ao normal.
Noite de agonia para os familiares
Enquanto Antônio Nelso Tasca sofria sua experiência de abdução, sua família vivia a angústia de seu desaparecimento. Ele era esperado às 19:00 hs para o jantar em família, mas sua demora despertou preocupação em todos os familiares. Por volta da meia noite, todos os familiares estavam reunidos em sala, aguardando a chegada de Tasca. Sendo caseiro, e apegado à família, causava estranheza o fato de não ligar para avisar de seu atraso. Os pais de Tasca, sua esposa e sua filha tentavam em vão obter por telefone informações em delegacias de Chapecó e cidades próximas.
A partir das 2:30 hs da madrugada cunhados de Tasca percorreram, em vão, várias e várias ruas de Chapecó, em busca do carro do abduzido. Outros familiares, avisados do desaparecimento, correram à casa de Tasca. Após uma noite em claro, vários familiares dirigiram-se à estrada de acesso ao trevo rodoviário da BR-282, onde havia um posto policial. Antes de chegar ao seu destino, avistaram o carro de Tasca, parado na estrada de terra, que dá acesso à Granja do Sr. Tozzo. O carro estava intacto, fechado, sem qualquer sinal de anormalidade. Imediatamente avisaram à delegacia de polícia que destacou um investigador para acompanhar o incidente. Por volta das 9:30 da manhã, finalmente a agonia acaba. Antônio Nelso Tasca liga para casa, avisando que estava bem e estava indo para casa.
- A Investigação
Logo após o reaparecimento de Tasca, iniciou-se a investigação do caso. Um dos primeiros a investigar o caso foi o ufólogo Daniel Rebisso Giese, então presidente do Centro de Investigação e Pesquisa Exobiológica (CIPEX). Em sua investigação, o ufólogo produziu um minucioso relatório do caso, interrogou o protagonista, buscando falhas em seu depoimento, e visitando os locais associados ao fato. Posteriormente, o ufólogo Walter Karl Bühler, da SBEDV, foi até Chapecó, onde entrevistou Antonio Nelso Tasca e seus familiares. Ele também esteve nos locais de sequestro e devolução, associados ao caso, onde realizou medições de eletromagnetismo e radioatividade, além de obter diversas fotografias. Através desta pesquisa, Buhler descobriu que duas pessoas, em pontos próximos ao local do sequestro, avistaram um objeto voador luminoso, no mesmo horário em que ocorreu o sequestro.
Parte do relatório de sua investigação foi publicado no Boletim da SBEDV, edição 158/161, que transcrevemos a seguir:
"Foi-nos gratificante, no começo de uma noite, privarmos de momentos com a grande e alegre família de três gerações dos Tasca, uma dúzia ou dúzia e meia de pessoas. Todas elas rindo e falando ao mesmo tempo, característica do gênio afável de descendentes de italianos, reunidos no centro ocupado por jardim entre suas casas, lá no bairro do Palmital, em Chapecó (SC).Procuramos entrevistar ainda as duas moças na empresa "EDIBA". Contudo não tivemos sorte em ambas as tentativas nossas, quando elas faltaram ao escritório. Aconteceu assim também, com mais duas pessoas que, de longe, teriam avistado objeto luminoso na hora e direção onde se deu o sequestro e respectiva volta de Tasca à Terra. Na ocasião, ignoramos que teríamos de indenizar antecipadamente a diária dessas humildes pessoas, diaristas de trabalho no campo.Entretanto, foi especialmente gratificante para nós a pesquisa no carro de Tasca. Queríamos saber se o veículo havia sofrido indução magnética, como é comum em peças de aço de nossas máquinas quando expostas aos intensos campos eletromagnéticos com os quais os discos voadores parecem servir-se em sua locomoção. Assim, as palhetas dos limpadores de pára-brisas do carro de Tasca acusaram 5 Gauss e, um tanto, os pára-choques dianteiro e posterior. Todavia, curioso para nós foi observar a inversão, negativo e positivo, do lado direito e o respectivo esquerdo. E, da mesma forma, houve entre o pára-choque posterior e o anterior, quando comparados os valores do mesmo lado. Uma vez que acusasse também magnetismo de 5 Gauss um cabo de aço cravado no chão, com a finalidade de dar apoio a poste de alta tensão, e que teria ficado em local próximo ao objeto voador, vaticinamos "a posteriori" que o aparelho, a uns 30 metros do carro de Tasca, posteriormente tenha sobrevoado o automóvel, para causar imantação de mesma intensidade que o cabo de aço; que se encontrava muito mais perto do disco voador.Foram ainda os filhos de Tasca e este em pessoa quem, em Chapecó, nos descreveram o defeito na ignição do carro da testemunha. Antes, eram exigidas várias tentativas, até dez ou mais, para se conseguir pôr o motor em movimento. Todavia, após o evento ufológico, durante dois dias o motor imediatamente respondia certeiro à primeira tentativa. Mas do terceiro dia em diante ressurgiu o velho defeito. Ainda em contato com o magnetômetro de Pierrejaquet, a fivela e grampo do cinto de Tasca, assim como a pulseira do relógio usado no episódio ufológico, acusaram imanização de aproximadamente dois Gauss e meio."
- O Ferimento nas Costas
Após sua experiência de abdução, Tasca foi encontrado, já a caminho da cidade, por seu filho Maximiliano. Devido à um aparente estado de choque, seu filho o levou para um posto de atendimento médico, onde foi atendido pelo Dr. Julio Zawadscki. Tasca não contou para este médico, sua extraordinária experiência. O médico concluiu que o nervosismo, a intranquilidade e a elevação da pressão sanguínea, à um simples assalto. Ele ministrou um tranquilizante e deu alta ao paciente.
Após sua extraordinária experiência, Tasca sentiu sede intensa e falta de apetite. Ao chegar em casa, pela primeira vez após o fato, Tasca foi até a cozinha, onde bebeu todo o suco de laranja que havia em uma jarra (aprox. 1 litro). Em seguida, tirou a camisa, pegou uma toalha e dirigia-se ao chuveiro para tomar banho. Os familiares surpresos constatara a existência de uma grande lesão, ou ferimento nas costas de Tasca, que ele próprio desconhecia. Este ferimento totalmente indolor, não existia até a noite anterior, tendo surgido naquela noite.
Quem primeiro percebeu a lesão, foi o irmão de Tasca, Guildo, que era radiotécnico em Chapecó, e seu sobrinho João Euzébio Fontana, advogado em Nonaí, Rio Grande do Sul. Esse fato causou um alvoroço na família e amigos presentes no local, pois todos queriam ver o estranho ferimento. Em seguida, os familiares entraram novamente em contato com o Dr. Zawadscki, marcando uma consulta para a tarde daquele mesmo dia (15 de dezembro).
No horário marcado, Tasca foi examinado pelo médico que diagnosticou queimadura, mas devido à suas características permaneceu intrigado. O Dr. Zawadscki estava acompanhado pelos doutores José Antônio Madalosso e Carlos Alberto Siqueira Reis, que ouviram atentamente o relato de Tasca, fazendo testes de sensibilidade no local do ferimento. Tasca tinha sensibilidade normal no local, no entanto não sentia qualquer dor no que seria uma queimadura de 3º grau. Visivelmente surpresos, afirmaram que não tinham encontrado elementos que os levassem a diagnosticar o agente físico responsável por tais lesões. Embora fossem queimaduras de 3º grau, com inequívoca destruição de tecidos, não havia avermelhamento da pele, nas proximidades nem perda de fluído plasmático. Nesta ocasião, o Dr. Reis fotografou as lesões.
No dia seguinte ele retornou à residência de Tasca, desta vez acompanhado de mais quatro profissionais para documentar a lesão. Na ocasião, o médico descobriu no tórax da testemunha, na frente, na extremidade inferior do osso externo, na região xifóide, na pele, círculo de 3 cm de diâmetro, consistindo de pequenos pontinhos vermelhos. A mesma região em que Tasca sentiu dor, e que foi medicado pelo doutor. No dia seguinte, tais pontinhos haviam desaparecido por completo.
O ufólogo Walter Buhler, médico atuante no Rio de Janeiro, examinou as marcas nas costas de Tasca e notou que embora o ferimento fosse produzido por queimadura de 3º grau (com destruição de tecido), os pelos na região estavam intactos. Caso o ferimento tivesse sido produzido por meio físico, todo o sistema piloso teria sido destruído, não voltando a se recompor novamente.
- A Hipnose Regressiva
Em 24 de maio de 1996, Antônio Nelso Tasca submeteu-se à uma hipnose regressiva, conduzida pelo ufólogo Lafayette Cyríaco e testemunhada por ufólogos do Grupo de Pesquisa Ufológica, de Itapema (SC).
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Hipnólogo - Antônio Nelso Tasca, quantos anos você tem? A.N.T. - Tenho 62 anos. Hipnólogo - 62, certo? Muito bem. Vamos fazer um esforcinho agora? Me diga três nomes de colegas seus do colégio, curso primário. rês nomes de pessoas, colegas, amigos. A.N.T. - Guilherme Conte. Hipnólogo - Guilherme né? A.N.T. - Guilherme Conte. Hipnologo - Ah Guilherme. A.N.T. - Guillherme Conte. Hipnologo - Sim, Guilherme. A.N.T. - Valdemar Tibes de Campos Hipnologo - Ah sei. Quem mais? A.N.T. - José Carlin Artuso. Hipnologo - Você sabe de mais alguns? Lembra de mais alguns? A.N.T. - Lembro Hipnologo - Quem? A.N.T. - Minha mulher também foi minha colega. Hipnologo - Sua colega, né? A.N.T. - Thereza Hipnologo - Qual o nome do professor ou professora? A.N.T. - Ah, era meu pai o professor. Hipnologo - Ele era seu professor, ne? Ah, sei. A.N.T. - Só ele também. Hipnologo - Só ele, né? Você lembra de qual era o livro que você estudava? A.N.T. - Lembro. Hipnologo - Como era o nome? A.N.T. - Era Queres Ler? Hipnologo - Queres Ler? Qual era o autor, você lembra? A.N.T. - Olga Acauan Algayer. Hipnologo - Sei, sei. Muito bem. Que bom! Você está indo muito bem. Diga uma coisa: você, quando era garoto, viu um objeto no ar? A.N.T. - Vi sim. Hipnologo - Igual a uma nave? A.N.T. - Uma bola de fogo. Hipnologo - Você tem quantos anos? A.N.T. - Eu tenho 62. Hipnologo - Não. Eu quero saber quantos anos você tem nesse momento em que está vendo a bola. A.N.T. - Ah sim. Eu tenho 17 anos. Hipnologo - Dezessete? A.N.T. - 17 anos e um pouco. Hipnologo - Você viu uma bola. E onde foi essa bola? A.N.T. - Isso foi lá no lugar da escola, mesmo. Hipnologo - A bola de luz desceu? A.N.T. - Não. Primeiro apareceu uma luz assim, que ia até o céu. Depois, a bola caminhou. Quero dizer, andou... Hipnologo - Ela chegou perto de você? A.N.T. - Ela esteve bem pertinho. Era eu e mais dois amigos. Hipnologo - Você e mais dois amigos? A.N.T. - É. Hipnologo -E aquela vez em que você estava dormindo, você viu alguma coisa ou alguma coisa chegou perto de você? A.N.T. - Eu não sei... tinha 11 anos Eu fui levado para longe. Hipnologo - Fui levado para longe? A.N.T. - Eu chorei muitas vezes. Hipnologo - Foram homens que te levaram? A.N.T. - Eu não vi, mas andei. Hipnologo - Eram homens grandes ou pequenos, com cabeça grande? A.N.T. - Ah, eu não... [exaltado] não... [mais exaltado] não... [choro desesperado] tinha um olho... [ ainda chorando] um olho só. Hipnologo - Eu sei [em tom apaziguador], eu sei. Esquece isso. A.N.T. - [Ainda em choro] Tinha um olho só! Um olho só! Hipnologo - Não, não, calma! Atenção Você não está mais lá. Passou, passou. Você não está vendo mais. Não está vendo. Você está ouvindo só a mim. Você está me ouvindo. Esquece, esquece [Tasca acalma-se]. Tasca, atenção, Tasca. Não está mais vendo nada. Voltamos aqui. Estamos aqui outra vez. Você não está vendo mais nada. Agora você passeando a cavalo. Você é criança. Você anda a cavalo? A.N.T. - Ando sim. Hipnologo - Você anda a cavalo, né? Quando você andou a cavalo, naquela vez em que você andou pela primeira vez. Ah como era bom, né? Você se lembra? A.N.T. - Me lembro. Hipnologo - Era bom? A.N.T. - Achei bom. Hipnologo - Ah, que bonito. Agora, Tasca, você está se sentindo bem? A.N.T. - Eu não sei bem... Hipnologo - Está se sentindo bem, então? Você não se lembra de nada, nada disso, não do que você esteve falando. Aqui você já esqueceu. Está bem? A.N.T. - Parece que sim. Hipnologo - Você está tranqüilo. Você está muito bem agora. Me diga uma coisa: você teve uma experência também. Você ia por uma estrada e de repente notou que à frente do seu carro ia uma espécie de ônibus. A.N.T. - Vejo sim. Hipnologo - Você gostou de ver o ônibus bonito? A.N.T. - Eu achei que era o ônibus de um amigo, o Sabadin. Hipnologo - Sei. E esse ônibus, você tem idéia do que este ônibus... A.N.T. - Mas não era. Hipnologo - Não era, não? A.N.T. - Não, não era. Não é um ônibus, não. Hipnologo - O que é isso? A.N.T. - Ele é... redondo. Hipnologo - Redondo? Tem janelas? A.N.T. - Tem. Acho que tem umas 10 janelas. Hipnologo - 10 janelas. Ele é muito grande? A.N.T. - Não. Hipnologo - Não, né? A.N.T. - Deve ter uma dúzia de metros. Não sei bem. Hipnologo - Você agora parece que está vendo... você está perto do carro... A.N.T. - Estou sim. Estou dentro do carro. Estou... Hipnologo - E o que mais? Você está vendo alguma luz? A.N.T. - Ela tem uma luz do lado de dentro, só. Hipnologo - Do lado de dentro? A.N.T. - Só de dentro. Não... não tem rodas, sabe? Hipnologo - Não tem rodas, né? A.N.T. - Está quieto. Hipnologo - Você está com medo? A.N.T. - Não Hipnologo - Não, né? Está tranquilo. A.N.T. - Não, não tenho medo. Hipnologo - Não tem medo, né? Você está dentro, por acaso? A.N.T. - Agora não. Hipnologo - Você não entrou? A.N.T. - Parece que uma cisa que me... é uma coisa que está me atrapalhando aí... Hipnologo - Está te puxando pra dentro? A.N.T. - Humm, humm... Hipnologo - É gostoso de andar assim, puxando você? A.N.T. - Mas olha... eu não... eu acho que é bom, viu? Hipnologo - Está te levando para algum lugar? A.N.T. - Está me puxando para... para baixo... Hipnologo - Para baixo? A.N.T. - É. Hipnologo - Você está seguindo esta luz? A.N.T. - É, eu... e a luz já foi embora. Hipnologo - Ah, já foi? A.N.T. - Já. Foi sim. Hipnologo - Você está sozinho? A.N.T. - Eu estou. Não tem mais gente aqui. Hipnologo - Aqui, onde você diz? A.N.T. - Eu entrei no ônibus, viu? Mas não... a porta não... Hipnologo - Você passou pela porta, não é? A.N.T. - Mas a porta não é do ônibus, não? Hipnologo - Não. É outro objeto, não é? A.N.T. - A porta? Hipnologo - Do disco voador? A.N.T. - A porta é... é sim... Hipnologo - Do disco? A.N.T. - É.Não... não... não tem roda. Hipnologo - Não tem roda. Mas que estranho! A.N.T. - É. Hipnologo -Você está vendo alguém, alguma pessoa lá dentro. A.N.T. - Olha, eu... tem uma coluna... diante de mim. Eu agora... eu não vejo, mas tem gente aqui, viu? Hipnologo - Aqui, onde você diz? A.N.T. - Aqui dentro do... deste... não é ônibus, não é? Hipnologo - Desse ônibus? A.N.T. - Mas não é ônibus, não tem bando. Hipnologo - Não tem banco. É um cômodo só? A.N.T. - Mas é bem apertado aqui, viu? Hipnologo - Você está se sentindo bem, aí dentro? Ou tá sentindo frio? A.N.T. - Não está quente, viu? Mas tem uma coluna redonda aqui... fica ao lado... Hipnologo - Ao lado, né? Você está vendo alguma pessoa? A.N.T. - Não estou vendo nada, não. Hipnologo - Mas você... A.N.T. - Mas que tem gente aqui... deixe ver... acho que... mas é estranho aqui, viu? Hipnologo - Você está no escuro, não? A.N.T. - Não. Tem uma luz... não, não... tem uma luz... Hipnologo - Uma luz? A.N.T. - Mas uma luz meio... meio engraçada, viu? Hipnologo - Uma luz que sai do chão? A.N.T. - Não, não. Hipnologo - Diga-me o que foi que você fez depois daí, para onde foi? A.N.T. - Mas eu não estou indo... eu estou... Hipnologo - Está dentro desse negócio, ne? A.N.T. - Eu estou passando aí pra um... essa coluna tem... tem um negócio que me... como é que eu vou dizer, assim... Ela parece que tem um óleo... tem um líquido. Hipnologo - Você não está agora em um lugar escuro... A.N.T. - Deixa ver. Mas aqui já outro lugar. Aqui está frio. Hipnologo - Esse lugar. Vamos deixar de lado esse lugar. Eu quero que você vá para o lugar onde você viu a sua roupa no chão. Suas roupas, tudo arrumado? Está vendo, não tá? A.N.T. - Humm, humm. Mas será que eu não vou demorar um pouco para chegar lá? Hipnologo - É, mas você já está lá. Está vendo no chão o seu sapato... A.N.T. - Sim, sim. Hipnologo - Você está nu? A.N.T. - Mas aqui tem luz. Hipnologo - Tem luz, né? Você está nu. A.N.T. - É. Eu estou pelado, sabe? Estou com vergonha... Hipnologo - Você vai vestir a roupa? A.N.T. - Ah, eu vou sim, claro... eu tenho pressa. Hipnologo - Você está com pressa porque está pensando em sair daí? A.N.T. - Não. Pode vir alguém, aí e eu não... estou chateado aqui. Eu estou num... não sei como eu vou sair daqui. Hipnologo - Você nem está entendendo o que está ocorrendo... A.N.T. - Não... não tem nem porta... não tem risco de porta aqui, viu? Estou bem agora. Só estou chateado, viu? Mas eu acho que vou... Hipnologo - Você não tomou nenhum líquido? A.N.T. - Não, não tomei nada. Hipnologo - Não tomou nada mesmo? A.N.T. - Ah, mas espere aí... espere aí que então... eu vou ter que ver aí... que a mulher... uma mulher sim... Hipnologo - Uma mulher que você está vendo lá. A.N.T. - É. Mas ela... é uma mulher bem pequena. Ela entrou... eu to nervoso, viu? Hipnologo - Sei. Fale mais. A.N.T. - Eu tô nervoso. A mulher me olha. Ela tem os olhos bem diferentes. Ela está me dizendo coisas. Hipnologo - O que é? A.N.T. - Ela não fala, mas eu estou ouvindo. Diz para não ter medo. Hipnologo - Por que? A.N.T. - Porque eu acho que tinha... não sei se era medo. Mas ela me disse que eu tinha medo, que era pra não ter, e agora eu não tenho. ... Hipnologo - Você tocou nela? A.N.T. - Sim, sim. Ah, como foi... como é que eu vou dizer... foi diferente... ela me pediu... Hipnologo - Pediu o que? A.N.T. - Ela pediu que fizesse amor com ela. Ela me disse... Hipnologo - Disse ne? A.N.T. - Eu fiquei com muita vontade depois que ela me olhou. Hipnologo - Era uma mocinha nova? A.N.T. - Nova, sim. Hipnologo - O vestido dela como era? A.N.T. - O vestido é... Hipnologo - Você está vendo? A.N.T. - Um vestido muito feio pra ela. Hipnologo - Vestido feio, né? A.N.T. - Um vestidão. Não gostei. Hipnologo - Era muito maior talvez, né? A.N.T. - Não muito grande. Hipnologo - Depois que você fez amor com ela... A.N.T. - Sim... eu fiz.... Ela pediu... eu tinha muita vontade mesmo, sabe? Depois que ela me pediu, senti vontade... mas é um... como é que... é um negócio diferente. Eu acho... não sei... acho que ela não gostou. Hipnologo - Ela não retribuiu nada? A.N.T. - Não, não disse nada. Eu acho que ela não ficou feliz. Hipnologo - Ela disse alguma coisa em seguida? A.N.T. - Ela só disse... me disse outras coisas, mas eu não ouvi. Ela disse... eu não sei como, mas eu ouvi... mas ela não falou. Hipnologo - Mas o que ela disse na sua mente? A.N.T. - Disse... amor, mas de outro jeito. Assim não é a nossa fala não. Disse... é tão difícil... assim, disse diversas coisas... Hipnologo - Em seguida, você se retirou? A.N.T. - Sim ela... ela levantou... e aí me disse que era prá... que tinha um negócio pra me dizer, que era pra passar adiante, pra todo o mundo. Hipnologo - Você não tomou nada mesmo? Nenhum líquido? A.N.T. - Sim, antes eu tomei. Estava com muita sede... eu estava engolindo mito. Estava com a garganta seca... ela me deu líquido bem gostoso. O outro não prestava. nem sei se era água. Mas era um bom. Hipnologo - Você sentiu alguma coisa? A.N.T. - Senti. Senti, sim. Eu fiquei todo... gostando dela, viu? Senti uma vontade de abraçar, mas eu não fiz porque ela não disse que era pra abraçar... olhei, olhei, eu queria, mas ela não me disse. Hipnologo - Você está falando com ela. Deu o que? Uma mensagem? A.N.T. - Sim, disse que... como é que eu vou dizer... era um discurso... uma advertência... Hipnologo - Aí você guardou na memória? A.N.T. - Guardei. Hipnologo - Como era? A.N.T. - É um bonito, viu? Hipnologo - Em seguida ela se retirou? A.N.T. - Sim, ela saiu. Ela falou que íamos ter dois filhos. Hipnologo - Disse os nomes deles? A.N.T. - Mada e Madana. Eu sempre acho que devem se um filho e uma filha... mas também podem não ser... Hipnologo - E se retirou, né? A.N.T. - Sim, ela saiu, botou a mão no peito e levantou a outra e disse o que tinha dito quando ela.... quando eu... não sei se ela me viu.. paz e amor. Hipnologo - Você ficou feliz? A.N.T. - Não. Eu fiquei muito triste. Hipnologo - Então vamos continuar. Depois que ela siau, o que foi que aconteceu? Como é que você saiu dessa sala? A.N.T. - Tinha luz, depois se apagou. Hipnologo - Apagou a luz... A.N.T. - Apagou a luz... eu já tinha puxado a calça pra cima. A luz apagou... eu fiquei assim preocupado, achando que ia... me acontecer o que tinha acontecido antes, que foi muito triste... foi muito doloroso. Hipnologo - O que foi muito doloroso? A.N.T. - Quando fui fechado dentro de... monte de gelo... ai, frio. Hipnologo - Não, não. Deixa disso. Vamos deixar o gelo. /eu quero saber o seguinte: como foi que você estava antes... você desceu com a luz? A.N.T. - Eu fui levado de volta. Acho que foi de volta, não sei.. era frio de novo, mas não era gelo. Não havia gelo, mas havia umas pessoas... não sei se eram pessoas ou o que... acho que eram pessoas... mas eu não sei. Hipnologo - Você não viu? A.N.T. - Não, está escuro. Hipnologo - Você se lembra do local, ne? A.N.T. - Acho que sim... está ficando frio de novo. Hipnologo - Frio porque você está do lado de fora? A.N.T. - Mas não como... gelo não tem. Hipnologo - Está bem. Está ótimo assim. Agora o que eu quero saber é o seguinte: você encontrou outra vez com essa mulher que se chamava... como ela se chamava? A.N.T. - Cabalá. Hipnologo - Você a viu outra vez? Não se lembra, mas você viu. Não viu? A.N.T. - Não sei... pelo que senti por ela... tenho a impressão que... Hipnologo - Ela não te visitou nem uma vez? A.N.T. - Ah, como eu gostaria. Hipnologo - Gostaria ne? A.N.T. - Muito. - Antônio Nelso Tasca, em Entrevista
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