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quarta-feira, 11 de março de 2015

Quão comum é a Experiência de Quase Morte – EQM?

Imagem conceitual de uma jovem tendo uma Experiência-de-Quase-Morte (EQM), (Shutterstock)


Experiências de Quase Morte (EQMs) são, todos os anos, relatadas por cerca de 200.000 americanos. Estudos em todo o mundo sugerem a EQM é uma experiência humana bem comum. As EQMs estão presentes em quase todas as culturas, foram relatadas por pessoas de diversas origens e sob circunstâncias bastante diferentes.
Quaisquer que sejam as explicações para as EQMs, estas tiveram significativo impacto sobre a vida de muitas pessoas.
Aproximadamente 13 milhões de americanos, 5% da população dos EUA, disseram já ter vivenciado uma EQM, segundo pesquisa Gallup de 1992 contratada pela Fundação Near-Death Experience Research. De acordo com a mesma pesquisa, diariamente, 774 EQMs são vivenciadas nos EUA. Isso significa que mais 6 milhões americanos podem ter tido uma EQM desde essa pesquisa de 1992.
Uma pesquisa realizada com 2.000 pessoas na Alemanha mostrou que 4% delas já tinham vivenciado uma EQM. Essa pesquisa foi publicada no “Journal of Near-Death Studies” em 2011.
Uma pesquisa Gallup de 1982 revelou que 15% de todos os americanos que estiveram entre a vida e a morte (em diversas circunstâncias) relataram ter vivenciado uma EQM. Cerca de 9% deles relataram a “clássica experiência de estar fora-do-corpo”, 11% disseram que foram a outras dimensões, 8% se viram diante de seres espirituais e apenas 1% relataram experiências negativas. Os resultados foram publicados no livro “Adventures in Immortality [Aventuras na imortalidade]”, pelos pesquisadores George Gallup Jr. e William Proctor.
Também foi publicado nesse livro que crenças religiosas e conhecimento prévio da existência de EQM parecem não ter nenhum impacto sobre a probabilidade de se ter uma EQM.
No livro “Life After Death: The Evidence [Vida Após a Morte: a Evidência]”, Dinesh D’Souza observou que o uso de termos como “à beira da morte” ou “experiência incomum”, usados na pesquisa Gallup de 1982,  “não são apropriados quando se trata de EQM, pois as respostas da pesquisa Gallup mostraram que milhões de americanos já vivenciaram pelo menos algum dos aspectos clássicos da EQM”.
Uma pesquisa de 2005 realizada com médicos americanos mostrou que 59% deles acreditam em algum tipo de vida após a morte”, uma percentagem muito maior do que a encontrada em outras profissões ligadas à ciência”, segundo D’Souza.
A socióloga australiana Cherie Sutherland entrevistou 50 pessoas que vivenciaram EQM e descobriu que 70% delas descreveram sua EQM como espiritual, mas nenhum delas descreveu-a como religiosa.
O Bruce Greyson, M.D., da Universidade de Virgínia, escreveu em um artigo intitulado The Mystical Impact of Near-Death Experiences [O Impacto Místico de Experiências de Quase-Morte]: “Num estudo transcultural entre os Estados Unidos e a Índia, por exemplo, os psicólogos Karlsis Osis e Haraldsson Erlendur não encontraram nenhuma relação direta entre religiosidade e as visões no leito de morte, embora tenham descoberto que o sistema de crenças de um indivíduo possa ter certa influência na interpretação da experiência”. Kevin Anel descobriu o mesmo em um estudo com 102 pessoas que passaram pela EQM.
Bruce Greyson concluiu: “No mínimo, as EQMs promovem o crescimento espiritual, levando-nos a questionar alguns de nossos pressupostos básicos sobre a mente e o cérebro, sobre a nossa relação com o divino, e sobre o universo e nosso papel nele”.

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