"Manter alguém vivo contra a sua vontade é uma grande indignidade", afirmou o físico.
Não é a primeira vez que Hawking mostrou seu apoio para o suicídio assistido - em 2014 ele revelou como ele tentou morrer durante sua operação de traqueostomia. "Tentei, brevemente, cometer suicídio ao parar de respirar. Mas o reflexo para respirar era muito forte".
Ele afirmou que pessoas que ajudam seu parentes ou amigos a morrer quando este é o desejo claro das pessoas não deviam ser submetidas a julgamento. Mas o físico também afirma que todas as medidas que garantem que exista o desejo da morte devam ser tomadas.
"Nem pensem que eu vou morrer antes de desvendar mais segredos do Universo", declarou.
Durante a entrevista, Hawking afirmou se sentir mal por não conseguir se comunicar com facilidade, o que faz com que muitos fãs e colegas fiquem nervosos ao se aproximar dele e começar uma conversa. "Muitas vezes fico solitário porque pessoas têm medo de falar comigo, ou não querem esperar para que eu escreva uma resposta", contou. O mecanismo que permite que o físico fale através de uma voz artificial é controlado por seus movimentos faciais em uma tela. Através de um movimento sutil na bochecha ele seleciona palavras e letras para formar frases inteiras (saiba como a interface funciona neste texto escrito pelo próprio Hawking).
"Sou tímido e fico cansado muito facilmente. Acho difícil conversar com pessoas que não conheço".
Hawking está em uma cadeira de rodas desde 1960. Seu diagnóstico foi feito quando ele tinha 21 anos - na época, médicos disseram a ele que ele tinha apenas dois anos de vida. Sua história de superação é conhecida mundialmente e, recentemente, foi popularizada pelo filme "A Teoria de Tudo".
Via Guardian
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