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terça-feira, 14 de julho de 2015

JIM JONES


Assim como LEE HARVEY OSWALD, o reverendo Jim Jones parecia sofrer de esquizofrenia ideológica: foi marxista, anticomunista, líder religioso e (supostamente) agente da KGB e da CIA. Tudo ao mesmo tempo. Jones nasceu em 1931 em Lynn, Indiana. Seu pai era líder da Ku Klux Klan e sua mãe, uma índia cherokee. Logo cedo o rapaz se interessou pela palavra do Senhor, e em 1963, aos 32 anos, já tinha sua própria religião, o Templo do Povo. Foi mais ou menos nessa época que Jim Jones começou a afirmar que era a reencarnação de Jesus Cristo e Vladimir Lênin. Juntos. AIém disso, passou a ter visões apocalípticas. Para manter seus seguidores seguros no Armagedon que se aproximava, ele saiu perambulando pela América do Sul em busca de um lugar para estabelecer a seita. Morou em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e, finalmente. optou por comprar um terreninho na Guiana, onde montou a comunidade de Jonestown.
O Lênin reencarnado acreditava que uma das funções da igreja era barrar o comunismo ateu na região. Mas um certo Phil Kern, ex-seguidor do reverendo, afirma no livro People's Temple, People's Tomb (Logos International, 1979) que Jones era marxista e trabalhava para a KGB. Se a história terminasse aí, já seria confusa o suficiente. Mas tem muito mais. Em 1978, mais de mil pessoas (a maioria, negros norte-americanos) viviam em Jonestown. Denuncias de maus tratos começaram a pipocar na imprensa: os discípulos do reverendo eram mantidos em regime semi-escravo por guardas armados. Pressionado pela opinião pública, o deputado democrata Leo Ryan voou para a Guiana com quatro repórteres para investigar Jim Jones. Na visita a Jonestown, a comitiva de Ryan foi acompanhada por Richard Dwyer, um representante da embaixada americana. O que o deputado descobriu, ninguém sabe. Quando ia pegar o avião de volta, ele e os repórteres foram mortos a tiros por seguidores do reverendo. Diz a lenda que os assassinos pareciam “zumbis remotamente controlados”. Richard Dwyer escapou ileso do tiroteio, ninguém sabe como. Enquanto isso, no templo, Jim Jones pregava que o apocalipse estava próximo e obrigava os seguidores a beberem suco envenenado com cianeto de potássio. Quem se recusava era assassinado a tiros. 913 pessoas morreram, incluindo o próprio Jones, com uma bala no ouvido.
Conspirólogos afirmam que Jonestown era um experimento de CONTROLE MENTAL mantido pela CIA, já que o MK ULTRA tinha sido proibido pelo Congresso, em 1973, de atuar em território americano. Grande quantidade de drogas psicotrópicas, as mesmas usadas no MK Ultra, foram encontradas no local. Tem mais. Richard Dwyer, o homem que sobreviveu ao tiroteio que vitimou o deputado Ryan, era agente da CIA. Pode ser apenas uma coincidência, é claro. Mas também pode ser que ele estivesse lá para vigiar o político. Ou Jones. Ou ambos.
Outro fato misterioso: entre os objetos do reverendo foram encontrados vários documentos confidenciais do FBI que ninguém sabe como chegaram lá.
Mais um fato misterioso: os corpos das vitimas foram embarcados para o Estados Unidos e imediatamente cremados, mesmo sob protesto dos parentes.
O mais intrigante é que o reverendo Jim Jones tinha várias tatuagens. Mas o cadáver dele encontrado em Jonestown não tinha nenhuma.

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