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sexta-feira, 24 de julho de 2015

O Caso do motorista Isac Garcez


Somente depois que li algum noticiário em jornais de pessoas que provaram ter visto "Discos Voadores", ou objetos inexistentes aqui na Terra, foi que me decidi a revelar o que me aconteceu às 23 horas do dia 5 de julho de 1975, diante de outras cinco pessoas. 

Assim, o motorista Isac Garcez, funcionário de uma empresa de ônibus que fazia a linha Santos - São Paulo, iniciou seu relato do que lhe aconteceu naquela noite:  
O motorista relatou que o ônibus de prefixo 10-64, com o qual ele trabalhava desde às 6 horas, subia morosamente a Serra do Mar, no sentido Santos - São Paulo. Na altura do quilômetro 44, local denominado curva da Onça, sentiu uma forte claridade que vinha do céu: 
—Imediatamente o motor do ônibus parou e percebi que um piso muito grande estava no teto. Olhei e vi que duas abas apareciam em cima do carro, muito brilhantes. Depois de alguns segundos, eu e os únicos cinco passageiros ficamos apavorados. 
Não houve sequer ruído e o aparelho, de forma oval, decolou da capota do ônibus e partiu, vagarosamente na horizontal. 
Ele continuou muito nervoso, dizendo de sua experiência: 
—Sem que eu acionasse a ignição, o motor do ônibus voltou a funcionar e eu segui caminho, ainda muito assustado com o que via à minha frente. Precisamente no quilômetro 46 - dois quilômetros depois que o aparelho surgiu - ele desapareceu, provocando um verdadeiro vendaval. Talvez pela luz que emitia, tive que parar o ônibus porque meus olhos não se adaptavam mais à "escuridão" dos faróis. 
Disse ainda Isac, que era casado e estava com 48 anos de idade e que residia à Rua 11, N.º 15, no bairro do Rio Pequeno: 
"depois de 10 minutos parado, meus olhos e os dos passageiros conseguiram uma readaptação à luz comum". 
Isac, que desde as 10 horas da manhã havia feito três viagens a Santos (ida e volta), resolveu elaborar um aviso de sinistro à empresa que trabalhava, apanhando apenas - como exigia o documento - três nomes dos cinco passageiros, para testemunhas. 
—Quis fazer o "aviso" porque achei conveniente, apesar de nada de anormal ter acontecido com o veículo. Afinal, completa, se depois de alguns dias ele tiver alguma falha mecânica ou mesmo danos na funilaria, não serei responsabilizado. 
No documento apresentado pelo motorista, constam os nomes de Manoel Salgado, que ocupava a poltrona número 7; Moacyr dos Santos, que também estava sozinho na poltrona 19 e Aluízio Gomes, da poltrona número 1. 
O motorista concluiu dizendo que trabalhava há dois anos naquela empresa e era considerado um "ótimo funcionário" . 
Este foi o primeiro aviso de sinistro que teve que comunicar e nunca sofrera qualquer acidente. Há 18 anos era habilitado. 

(Notícias Populares - 08/07/1975) 

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