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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O caso de Renata



O psiquiatra Tcheco Stanislov Grof, especialista no uso de alucinógenos, trabalha atualmente no famoso Esalem Institute em Big Sur, EUA. Antes de sair de sua pátria, Stanislov tratou de uma jovem dona de casa chamada Renata (minha xará), em avançado processo de autodestruição.

Grof pediu a sua paciente que recordasse seu doloroso passado com o auxílio de LSD (Dietilamida do Ácido Lisérgico) e, em pouco tempo, ela começou a relatar cenas da cidade de Praga no século 17. Descreveu corretamente a arquitetura, o vestuário, e até mesmo as armas daquele período. Ela guardava lembranças vividas da invasão da Boêmia pelo império Austro-Húngaro dos Habsburgo. E chegou inclusive a descrever a decapitação de um jovem nobre pelos Habsburgo.

Grof tentou entender as visões com todas as ferramentas terapêuticas de que dispunha, mas não conseguiu encontrar nenhuma explicação psicológica. Ele partiu para os EUA antes que o caso pudesse ser solucionado. Mas, dois anos mais tarde, recebeu uma carta de sua antiga paciente. Acontece que Renata encontrara seu pai, a quem não via desde a infância. Durante suas conversas, ela ficara sabendo que seu pai fizera um estudo genealógico da família até o século 17 - chegando a um nobre decapitado pelos Habsburgo durante a ocupação do que mais para frente seria a antiga Tchecoslováquia.

Como Renata conseguiu "lembrar" essa informação continua um mistério, pois seu pai, aparentemente, fez essas descobertas após abandonar sua família. Renata acredita que suas impressões emergiram de alguma forma de lembrança "herdada".
O próprio Grof afirma que as lembranças de Renata originam-se de uma vida anterior em Praga.

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