Era pra ter durado apenas um ano, mas um telescópio robótico chinês que aterrissou na Lua em 2013 ainda está na ativa. Apesar de medir apenas 15 centímetros de altura, o aparelho tem testemunhado coisas impossíveis de se observar daqui da Terra.
Em primeiro lugar, a rotação da Lua é 27 vezes mais devagar que a nossa, o que permite que o telescópio foque em uma mesma estrela por quase duas semanas a fio. A ausência de atmosfera na superfície lunar também muda tudo: de acordo com Jing Wang, do Observatório Nacional de Astronomia de Pequim, na China, isso significa que "a luz ultravioleta dos objetos celestiais pode ser detectada" pelo aparelho.
O telescópio está acoplado à sonda Yutu, parte da missão Chang'e 3, que pousou em nosso satélite natural em dezembro de 2013. Desde então foram duas mil horas de trabalho e 40 estrelas monitoradas.
No início dos anos 70 os tripulantes da missão Apollo 16 tiraram fotos da Terra e de estrelas tendo a Lua como base, então essa não é a primeira vez que admiramos e estudamos o universo a partir de lá (uma imagem belíssima por si só). A diferença é que dessa vez o telescópio está sendo operado remotamente, daqui da Terra, o que torna ainda mais espantosa a duração do telescópio chinês, já que a poeira lunar é conhecida por prejudicar equipamentos eletrônicos, ainda mais aqueles que não podem receber a manutenção devida.
A equipe responsável pelo telescópio ainda está discutindo se ele continuará funcionando após o fim de 2015.
Via Science Alert
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