O ouija, um tabuleiro que supostamente permite invocar e conversar com o espírito de pessoas mortas, é certamente um dos jogos mais perturbadoramente populares dos últimos séculos.
É um jogo tão simples quanto macabro: um tabuleiro com as letras do abecedário, os números de 0 a 9, e as palavras “sim”, “não” e “adeus”. Dessa forma, por meio de um ponteiro, esse jogo tornaria possível um contato com os seres do além, que utilizariam esses elementos para elaborar respostas às perguntas feitas.
São conhecidas as histórias e lendas populares em torno do ouija, que falam sobre os sérios riscos que correm todos aqueles que se atrevem a jogá-lo sem nenhum conhecimento prévio sobre os portais energéticos que se abrem e a possível passagem de almas malignas. No entanto, ainda se sabe pouco sobre sua origem.
Em algum momento, descobriu-se que as origens do ouija estariam no Antigo Egito. Trata-se de uma lenda que teve impulso com a divulgação que os comerciantes do tabuleiro fizeram para benefício próprio. Na verdade, os primeiros tabuleiros surgiram no século XIX, quando, por volta de 1890, o universo do espiritual, do oculto e do paranormal começou a ganhar muita força noa EUA e na Europa.
Mais tarde, Charles W. Kennard criou a empresa responsável pela construção dos tabuleiros ouija e transformou um jogo essencialmente ocultista em um dos mais populares jogos de mesa da cultura norte-americana. Em um dado momento, a patente foi vendida para William Fuld, um funcionário da empresa de Kennard, que continuou comercializando o jogo até ele ter seus direitos adquiridos pela Parker Brothers, em 1966.
Os maiores picos de venda do tabuleiro ouija ocorreram durante os momentos mais trágicos da história humana moderna: a Primeira e Segunda Guerra Mundial, a Guerra do Vietnã e, posteriormente, a Guerra do Golfo. As pessoas sempre acreditaram que se tratava de um método eficaz para contatar aqueles que já morreram.
Fonte: esoterium
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