Quão consciente de estar vivo você é? Essa parece ser uma pergunta impossível de ser respondida, mas a ciência está aí para desmistificar o que parece não ser possível.
De acordo com o estudo, ser consciente é muito mais que simplesmente estar acordado. “Consciência é perceber e experimentar. Quando alguém está consciente, existem padrões e conexões neurais que podem ser detectadas pelo eletroencefalograma e podem ser traçadas, formando uma assinatura cerebral”, explica Srivas Chennu, cientista-chefe da pesquisa.Um grupo de pesquisadores da Universidade de Cambridge desenvolveu uma técnica capaz de dar uma resposta a essa pergunta. A prática combina a clássica eletroencefalografia a teorias gráficas e matemáticas que calculam a consciência da pessoa.
Com apenas dois equipamentos, um capacete coberto de eletrodos e uma caixa que mede os padrões da atividade cerebral, a equipe consegue traçar a “assinatura do cérebro”, que representa a maneira como os neurônios e as redes neurais funcionam.
Ambos os equipamentos desenvolvidos pela equipe de Chennu são portáteis e a expectativa do cientista-chefe é que o teste de consciência possa se tornar uma prática comum para médicos que tratam pacientes em estado vegetativo ou em coma por causa de traumas cerebrais causados por lesões e acidentes vasculares cerebrais. Além disso, a técnica pode ser usada para saber o melhor momento de "acordar" alguém que está desacordado há muito tempo.
Os pacientes que apresentarem sinais de consciência podem, por exemplo, receber maior empenho ou técnicas específicas para serem despertados. Nos estudos primários da técnica, os pesquisadores acompanharam duas pessoas desacordadas, uma delas com uma “assinatura cerebral” enorme e colorida e outra com uma diminuta “assinatura cerebral”. O primeiro paciente acordou, o segundo não.
O próximo passo que Chennu e sua equipe darão será realizar uma longa experiência de três anos observando cinquenta pacientes com danos cerebrais.
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