Autores de histórias de ficção científica passaram décadas imaginando como seriam as futuras colônias na Lua. Diversas agências espaciais, da NASA à Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial, fizeram planos para a construção de uma colônia, mas nenhum deles foi unanimidade entre a comunidade científica. Uma estratégia maluca, digna de um sci-fi bem trash, pode ser a solução: construir uma base subterrânea.
“Essa é a maior evidência já vista de que temos tubos de lava vazios e livres na Lua”, explicou Rohan Sood, pesquisador da Universidade de Purdue. A equipe liderada com ele se baseou em dados coletados pela missão GRAIL, que levou duas sondas à Lua, em 2012.Durante anos, especulou-se que a Lua pode ser crivada de tubos de lava, condutos naturais por meio dos quais o material geológico expelido em uma erupção vulcânica chega à superfície. Na semana passada, durante uma conferência, uma equipe de cientistas confirmou que esses caminhos subterrâneos realmente existem e que podem ser as melhores opções para fugir das condições adversas do solo lunar, que incluem radiação cósmica, severas mudanças de temperatura e colisões de micro asteroides.
As conclusões foram tomadas, basicamente, porque o campo gravitacional em solo lunar varia, dependendo da quantidade de massa que há na superfície. Ou seja, áreas com buracos abaixo do solo tiveram leituras diferentes de regiões com solo firme, completo. “Se você voar sobre um tubo de lava, haverá um pequeno ‘mergulho’ de gravidade”, afirmou Sood.
O cientista disse que a equipe encontrou dez diferentes regiões que podem esconder grandes tubos de lava, o que comprova que, no passado distante, a Lua foi bastante ativa vulcanicamente. Ainda segundo Sood, esses buracos abaixo da terra são grandes o bastante para conter cidades inteiras.
Apesar de animado com o que foi encontrado, o pesquisador disse que os resultados apresentados são iniciais e que será necessário estudar muito mais o solo lunar, antes de afirmar que uma colonização subterrânea é a melhor opção.
Aqui na Terra, morar nos subterrâneos não é uma completa novidade. Na Austrália, há uma cidade em que metade da população vive abaixo do solo.
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